Apesar de ter declarado greve, de acordo com a presidente, alguns professores estão articulando idas às escolas para atender as necessidades dos alunos e avisar sobre a paralisação, sendo que, na quinta-feira, eles deverão parar totalmente. "Na quinta-feira, vamos acompanhar, com um ato, a reunião de mediação que acontecerá no Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais (TRT-MG). Depois, faremos uma reunião para definir os rumos do movimento", acrescentou.
O Sinpro Minas alega que o sindicato patronal "quer mexer em praticamente todas as 50 cláusulas da convenção coletiva", acabando com benefícios como o adicional por tempo de serviço, o quinquênio e o direito a bolsas de estudo nas instituições em que o professor não leciona, além de impor redução no calendário de férias e pretender acabar com o intervalo entre as aulas.
Outro lado
Em nota publicada no Facebook, o Sinep-MG explicou que propôs prorrogação da data-base da categoria para negociar a manutenção da convenção coletiva de trabalho até 30/5, sendo que a proposta foi negada pelo Sinpro Minas. O sindicato ressaltou que apresentará uma contraproposta, que será discutida em assembleia geral marcada para esta quarta-feira, e que "não se pode falar em greve, uma vez que a atual convenção tem vigência até 30 de abril".
Para a entidade, o principal embate é o adicional por tempo de serviço (5% de acréscimo salarial a cada cinco anos de casa), que o Sinep considera pesado para as escolas. A entidade afirma que não propõe o fim do direito, mas uma negociação. Quanto às bolsas de estudo, sustenta que a proposta é de regularização do benefício.
"Após várias ponderações, o sindicato da categoria informou que realizaria assembleia hoje à noite (terça-feira) e nos dariam um retorno quanto à marcação de uma nova data para reunião", detalhou. (Com informações de Gabriel Ronan)
* Estagiário sob supervisão da editora Liliane Corrêa
Os professores de escolas particulares de Minas Gerais decidiram, por meio de assembleia realizada nesta terça-feira, que irão cruzar os braços a partir desta quarta-feira. Após reunião entre representantes do Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro Minas) e o Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep-MG), que aconteceu no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), os trabalhadores decidiram pela paralisação. A categoria quer que o sindicato patronal aceite a proposta feita pelos professores.