Ontem, sem a possibilidade de acessar diretamente da Antônio Carlos a região da Praça da Estação, motoristas gastaram mais que o dobro do tempo previsto em seus trajetos. A fila de veículos ultrapassou o Hospital Belo Horizonte e a perspectiva é que a situação se repita diariamente até que o acesso ao Viaduto Leste seja liberado.
Sem a opção de seguir para a Praça da Estação ou para a região hospitalar a partir da Avenida Antônio Carlos, restou aos motoristas duas possibilidades. A primeira consiste em usar o Viaduto Sarah Kubitschek (também conhecido como Viaduto B) e chegar ao Centro passando ao lado da rodoviária, caindo na Rua dos Caetés. Dali o motorista pode seguir direto na Caetés até a Rua Espírito Santo, entrando à esquerda e pegando a Contorno de volta na chegada à Praça da Estação.
Veja vídeo com esse trajeto:
Uma segunda opção é seguir pelo acesso à Avenida Nossa Senhora de Fátima para entrada no Viaduto Oeste, elevado que liga o Complexo da Lagoinha com o sentido Via Expressa da Avenida do Contorno. Depois, basta fazer o retorno na Contorno no semáforo com a Rua Paracatu e seguir novamente rumo à Praça da Estação e região dos hospitais.
Confira vídeo com o itinerário da segunda opção:
Trânsito deixa motoristas incomodados
No primeiro dia de funcionamento da medida, a irritação tomou conta dos motoristas que chegavam ao Centro pela Antônio Carlos. “Se ficar 30 dias desse jeito vou ter que sair de casa às 5h. Não tem condições um trânsito desse”, afirma o pedreiro Roberto da Silva, de 38 anos. A fisioterapeuta Renata Cardoso, de 45, disse que o trajeto que gastava em torno de 25 a 30 minutos entre a Pampulha e o Centro já estava com 50 minutos quando ela conversou com a reportagem. “Infelizmente, o estresse é muito grande e não há solução”, afirma. O montador de móveis Nilvan de Almeida, de 40, saiu de Vespasiano às 7h20 e às 9h ainda estava tentando entrar em algum viaduto do Complexo da Lagoinha para chegar no Centro. “Essa situação vai prejudicar demais a população. Espero que melhore muito depois que terminarem a obra.
O fechamento dos acessos pela Antônio Carlos ao Viaduto Leste pretende possibilitar os ajustes na mureta para aumentar a área de circulação de veículos também no sentido bairro, já que inicialmente a abertura das alças do novo viaduto construído ao lado do Viaduto Leste criou faixas extras apenas no acesso ao Centro. “A mureta será arrastada para o lado e com isso teremos um total de quatro faixas para os motoristas que estão saindo do Centro”, explica o gerente da Regional Centro-Sul da BHTrans, Luiz Fernando Libânio. O objetivo é que o benefício seja estendido também àqueles que deixam o Centro pelo elevado e não só para motoristas que chegam à Região Central.
Após mais de dois anos em obras, a previsão da Superintendência de Desenvolvimento de Belo Horizonte (Sudecap) é de que os trabalhos sejam concluídos em junho. Foram investidos R$ 61 milhões nas intervenções, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). No fim do ano passado, depois de transcorrido quase um ano da previsão inicial para o término da obra, a Sudecap tinha expectativa de inaugurar a estrutura em janeiro. A abertura parcial ocorreu há uma semana.