Pelo menos quatro detentos fugiram, na noite de terça-feira, do Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Essa é a terceira fuga de presos registrada na penitenciária de segurança máxima. Com o caso de ontem, mais de 20 pessoas escaparam da unidade.
De acordo com a Polícia Militar (PM) em Contagem, a corporação foi acionada por volta das 21h47 sobre a fuga dos presos. Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap) informou que, durante o último banho de sol, os detentos alcançaram o telhado de um dos pavilhões e, ao anoitecer, usaram uma tereza (corda improvisada) para ultrapassar a muralha.
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No dia 31 de janeiro, foi realizada uma operação pente-fino no presídio, com atuação do Centro Integrado de Comano e Controle Móvel (CICC-Móvel). No entanto, áudios que circularam pela internet na noite de terça-feira indicaram que tanto os presos quanto os agentes penitenciários já sabiam na noite anterior que haveria a operação, o que pode ter facilitado a vida dos detentos. Em um dos áudios, uma pessoa que supostamente seria um preso dizia que o presídio estava preparando comida para 400 agentes do sistema prisional. Segundo o suposto preso, isso indicaria uma intervenção na cadeia ou treinamento, mas ele “não pagaria para ver”.
Em 17 de março, um sábado, mais 10 presos fugiram durante a madrugada. A Seap não esclareceu como eles conseguiram sair do complexo.
Já em abril, vários ônibus foram destruídos por incêndios criminosos e em pelo menos dois episódios, os responsáveis deixaram cartas ou bilhetes com reclamações atribuídas a detentos da Nelson Hungria. No último dia 22, três carros foram incendiados perto da penitenciária. O crime, segundo testemunhas informaram à Polícia Militar, foi cometido por dois homens que chegaram em uma motocicleta.