Nesta quinta-feira, 798 militares do Corpo de Bombeiros, divididos em 299 equipes, saíram às ruas para vistoriar 2.480 estabelecimentos comerciais em Minas Gerais. Ao final dos trabalhos, classificados como Operação Alerta Vermelho, o balanço registrou que 75% dos lugares – três em cada quatro – têm algum tipo de irregularidade constatada pelas equipes de segurança. No total, 55 municípios estiveram na mira da fiscalização, baseada nas diretrizes da Legislação Estadual de Prevenção Contra Incêndio e Pânico.
De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), a operação tem caráter educativo. Dessa maneira, as equipes indicam possíveis alterações, para que o empresário garanta a segurança do seu estabelecimento e se previna contra acidentes. Segundo informações do CBMMG, não houve qualquer tipo de punição, uma vez que nenhum caso de risco iminente foi averiguado. Nessas situações, os bombeiros podem aplicar sanções ao proprietário do local, como, por exemplo, a interdição do espaço.
As limitações mais verificadas estiveram relacionadas à emergência. De acordo com o órgão, diversos comércios têm a saída de urgência bloqueada ou ausente, além de problemas de sinalização e iluminação dos trajetos. Outras barreiras foram a ausência dos extintores de incêndio e do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) – documento que comprova a regularidade de um espaço quanto aos requistos estabelicidos pelo CBMMG.
Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, as equipes se concentraram no Barreiro, onde 511 edificações foram vistoriadas.
Cenário não evolui
Em dezembro de 2017, o Corpo de Bombeiros organizou uma operação semelhante a desta quinta-feira. Na ocasião, 74% dos estabelecimentos de 14 cidades mineiras apresentavam pendências. Ou seja, um ano depois, os dados de conscientização do empresário pouco se alteraram.
Anualmente, são realizadas, em Minas Gerais, 55 mil vistorias de Segurança Contra Incêndio e Pânico pelo Corpo de Bombeiros. Dessas, 12 mil pertencem às Operações Alerta Vermelho.