Um dos suspeitos de atear fogo em um ônibus em Belo Horizonte foi detido e liberado na tarde desta sexta-feira pela Polícia Militar. Leonardo Martins se apresentou aos policiais que faziam uma operação no Morro do Boréu, na Região de Venda Nova, e foi encaminhado para a delegacia. O ataque foi o nono na capital mineira desde o último dia 12. Os autores deixaram um bilhete com supostas reivindicações de detentos do Presídio de São Joaquim de Bicas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
O ataque a ônibus aconteceu por volta das 2h próximo ao cruzamento da Avenida Leontino Francisco Alves com a Rua Guido Leão. De acordo com a PM, o veículo foi queimado por três homens armados que chegaram em um carro escuro e renderam o motorista. O veículo foi apreendido. Os autores deixaram um bilhete com supostas reivindicações de detentos e fugiram. As chamas atingiram a rede elétrica e também parte do quintal de uma casa.
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De acordo com a Polícia Civil, o suspeito foi interrogado e liberado ainda nesta sexta-feira, uma vez que não havia mandado de prisão contra ele e o período do flagrante já havia passado. A corporação informou que ele era proprietário do veículo que teria sido usado na "investida criminosa" e que ele continua sendo investigado. Polícia quer chegar aos autores do crime.
Por meio de nota, divulgada na quinta-feira, a Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap) disse que ainda não é possível relacionar os incêndios dos veículos ao sistema prisional e que acompanha o andamento dos casos. “A pasta ressalta que aguarda as investigações da Polícia Civil e que todas as denúncias formalizadas são devidamente apuradas nos termos da lei”, finaliza.
Série de atentados
A onda de ataques a ônibus começou em 12 de abril, quando três veículos foram incendiados no Bairro Juliana, em Belo Horizonte, em Contagem e em Brumadinho. De lá para cá, em pelo menos quatro casos os criminosos deixaram cartas ou bilhetes.
Em Contagem, no dia 12, e em Betim, no dia 15, foram recolhidas cartas com supostas reivindicações de detentos do Complexo Penitenciário Nelson Hungria.