Buenópolis, Diamantina e Joaquim Felício – Os grupos de primeiros habitantes de Minas, por volta de 11 mil anos atrás, eram geralmente familiares, com cerca de uma dúzia de indivíduos. Perambulavam à procura de caça, pesca e coleta de alimentos, geralmente cocos, raízes, frutas e outros vegetais.
Sempre em movimento, usavam abrigos naturais para se estabelecer temporariamente, deixando desenhos com representações ritualísticas, indicando resultados de caçadas e observações. Suas ferramentas eram rudimentares, de pedras lascadas e polidas, com utilização de madeira, resinas e tramas vegetais. Não dominavam técnicas de agricultura.
Luzia, nome dado ao crânio de Homo sapiens mais antigo do Brasil, com 11,5 mil anos, estava entre esses nômades. Ela morreu com cerca de 25 anos e seus restos mortais foram encontrados na década de 1970 em uma caverna em Matozinhos, na Grande BH, sob 13 metros de detritos.
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Os nômades da Serra do Cabral, na região de Buenópolis e Joaquim Felício são conhecidos por várias tradições de pinturas rupestres que até hoje decoram formações rochosas nessas regiões.
Tradição Planalto
Dominavam a Região Cárstica de Lagoa Santa. Seus traços nas pedras retratavam humanos em danças e caçadas, bem como animais, a exemplo de cervos, peixes, aves e répteis.Tradição Agreste
Maior presença na região do agreste da Paraíba, Pernambuco e Bahia. Os desenhos e representações são mais simples e toscos, com poucos animais e figuras humanas grandes, isoladas e sem movimento.Tradição Montalvânia
Vindos, sobretudo, da região do Vale do Peruaçu e de Montalvânia, no Norte de Minas.Tradição São Francisco
Povos que circulavam pelo Vale do Velho Chico, de Sergipe a Minas Gerais. Deixaram impressas nas rochas formas geométricas e traços bem delimitados, com cores variadas. Poucos animais, a maioria peixes, pássaros, cobras e tartarugas.(A LOJA ROTA PERDIDA/ROTA EXTREMA – www.rotaperdida.com.br – forneceu parte dos equipamentos usados nas expedições)