Mais um crime passional terminou em morte em Minas Gerais. Um cabo da Polícia Militar (PM) se matou na madrugada desta terça-feira em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A mulher dele ficou ferida. Dois filhos do casal estavam na casa quando o caso aconteceu. Informações, ainda não confirmadas, dão conta que ele estava insatisfeito com o relacionamento, por ciúmes. Horas antes do crime ele se envolveu em outra ocorrência em que teria agredido outro homem. A companheira do PM segue internada no Hospital Regional de Betim. O estado de saúde dela não foi informado.
A mulher dele estava caída no chão consciente e reclamava de dores nas costas e estava com dificuldade de movimentar os membros inferiores. Uma equipe do do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi até o local e socorreu a mulher para o Hosptial Regional de Betim. Ela passou por cirurgia. SEgundo a PM, o quadro de saúde dela é estável.
A perícia constatou que o cabo estava com uma perfuração no lado direito da cabeça. A bala transfixou o crânio. Uma pistola com sete munições intactas e uma deflagrada foi apreendida. A principal suspeita é que o tiro tenha atravessado a cabeça do policia e atingido a região lombar da mulher. O corpo do policial foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML).
Antes da chegada da perícia da Polícia Civil, foi cogitado que o militar teria atirado contra a mulher e depois se matado, segundo o Capitão Cristiano, da sala de imprensa da PM. Porém, foi constado que apenas uma cápsula foi deflagrada, descartando essa hipótese.
O caso vai ser investigado pela Polícia Civil, que deve ouvir a vítima nos p´roximos dias.
Agressões
A insatisfação do militar como relacionamento pode ser constatada em outra ocorrência que aconteceu horas antes. De acordo com outro boletim de ocorrência da PM, o cabo foi até o Bairro Niterói, em Betim, onde teria ameaçado um homem por ciúmes da mulher. No registro, a vítima afirma que o policial a obrigou a entrar na casa e o teria agredido com chutes. Ele também atirou contra a parede. O tiro não acertou a vítima.
O militar deu outra versão sobre os fatos. Informou que estava em casa quando o homem “chegou com desaforo”. Disse que ficou sabendo, por uma terceira pessoa, que a vítima teria dito que iria passar com o carro por cima dele. Por isso, foi conversar com o homem, mas que ficou nervoso e decidiu sair de casa. Ele negou que tivesse efetuado qualquer disparo.