As professoras da educação infantil de Belo Horizonte fazem assembleia nesta quinta-feira, às 14h, na Praça da Estação, no Centro, para decidir se encerram ou não a greve. Em reunião nesta quarta-feira, o prefeito Alexandre Kalil (PHS) propôs readequações que permitem reajuste de até 20% em alguns casos.
A Prefeitura de BH (PBH) promete enviar à Câmara Municipal, assim que a greve for encerrada, substitutivo ao Projeto de Lei (PL) 442/2017,cuja tramitação foi suspensa com o início da paralisação. Antes, o PL propunha até 15% de reajuste para a educação infantil, o que significa que professores em início de carreira pulariam do nível 1 para o 3. Pela nova proposta, haverá até 20% de reajuste e eles passarão automaticamente para o nível 4. “Há nove passos a serem cumpridos para se igualarem. O acordo cumpre quatro para reduzir a disparidade”, disse o secretário Municipal de Planejamento, André Reis. Ele acrescentou que o aumento não será retroativo, mas, sim, a partir da sanção da lei.
O Sindrede insiste que o orçamento da Prefeitura é suficiente para a equiparação e promete apresentar ao prefeito os estudos que, segundo ele, comprovam que os cofres municipais não ficarão comprometidos.
De acordo com a PBH, o impacto para nivelar as carreiras é de R$ 80 milhões, o que seria inviável segundo André Reis. Pela proposta feita, ele será de R$ 15 milhões. Balanço da PBH dá conta de 20% de Umeis totalmente paradas e 80% parcialmente paralisadas ou em funcionamento. Já o levantamento do Sind-Rede indica que 6 mil professoras de mais de 80% das Umeis cruzaram os braços desde a segunda-feira da semana passada.