A expectativa do fim da greve dos educadores da rede particular de Minas Gerais não se consumou ontem. Foram mais de três horas de audiência entre representantes do Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep/MG) e Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro Minas), à tarde, no Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais (TRT-MG), sem um acordo fechado no encontro. Em assembleia à noite, educadores disseram que, do ponto de vista deles, houve avanço em apenas um dos pontos, o pagamento dos dias parados sem punição dos grevistas. E decidiram aguardar reunião dos patrões, às 8h30 de amanhã, para uma nova avaliação sobre os rumos do movimento. As duas entidades sindicais têm até o fim do dia para informar ao desembargador mediador o resultado de suas assembleias.
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Professores da rede privada de Minas decidem manter paralisaçãoProfessoras das Umeis fazem assembleia nesta quinta para votar proposta da PBHProfessores da rede particular protestam e votam rumo da greve em BHProfessores de Umeis protestam na Câmara e ganham apoio de vereadoresGreve de professores atinge escolas e faculdades de BH nesta quinta-feiraDe acordo com assessoria do Sinep/MG, na assembleia dos donos de escolas, já convocada para amanhã, será apresentada a proposta do desembargador do TST Márcio Flávio Salem Vidigal para que as homologações sejam feitas no sindicato dos trabalhadores quando o contrato rescindido tiver mais de dois. Os patrões, que inicialmente queriam suprimir esse acompanhamento, sugeriram que ele fosse feito no caso de demissões de professores com mais de três anos de registro de carteira. Ainda na reunião dos empresários, serão analisados o pagamento dos dias parados, sem prejuízos para os grevistas, reajuste salarial com base no INPC (1,56%) e o prazo de validade de um ano para a convenção coletiva. Os donos das instituições de ensino deverão então referendar ou não as propostas. Somente depois disso, os trabalhadores marcarão nova assembleia para decidir se fecham acordo.
“Não entendemos a resistência dos patrões com relação à homologação das rescisões no sindicato, já que não existe ônus para as escolas.
Já o Sinep divulgou ontem que oito escolas estavam totalmente paradas e seis parcialmente. Porém, à noite o Colégio Santo Agostinho, unidade Central, divulgou nota afirmando que a instituição, cujos professores entraram em greve ontem, voltará à normalidade hoje. Também o Loyola avisou os pais sobre a volta às aulas hoje. Algumas instituições, com paralisações parciais, estão recebendo seus alunos normalmente com atividades específicas. À noite, estudantes do Centro Universitário Newton Paiva, na Avenida Silva Lobo, no Garjau, Oeste de BH, fecharam a via em protesto a favor dos educadores.
Futuro das Umeis será definido hoje
As professoras da educação infantil de Belo Horizonte decidem hoje, em assebleia, se aceitam a proposta do prefeito Alexandre Kalil (PHS) e põem fim à greve que já dura 10 dias, ou se continuam o movimento pela equiparação com os docentes do nível fundamental. Ontem, a administração municipal pediu o fim da greve para reenviar o projeto de lei com melhorias na carreira das profissionais, incluindo até 20% de reajuste.
A categoria quer que as professoras graduadas, que na educação infantil têm salário bruto de R$ 1.451,93, recebam o mesmo salário que os docentes do ensino fundamental (R$ 2,2 mil). Para quem se ocupa dos pequeninos, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) exige formação de nível médio, enquanto para as crianças a partir de 6 anos é exigido curso superior. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-Rede), no entanto, alega que 70% das professoras têm a formação superior.
A carreira de professor municipal tem 24 níveis, sendo o 1º para quem inicia na educação infantil e o 10º para quem começa no fundamental.