Jornal Estado de Minas

Servidores de centro de saúde fazem passeata por segurança na Região Norte de BH

Servidores e usuários do Centro de Saúde do Bairro Jaqueline, na Região Norte de Belo Horizonte, foram às ruas na tarde desta sexta-feira para denunciar violência sofrida nos últimos tempos pelos funcionários do posto de saúde. Todos os setores do local foram fechados durante a passeata pelas ruas do bairro. Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) diz que tem desenvolvido ações em parceria com a Secretaria de Segurança para qualificar a segurança nas unidades de saúde.

De acordo com Ângela Eulália, diretora do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel), a manifestação "atingiu o objetivo". "Na passeata pelo Jaqueline, contamos com a participação de representantes da Comissão Local de Saúde, do Conselho Distrital de Saúde da Região Nordeste. No percurso, estudantes também se juntaram. Conquistamos nosso objetivo ao conversar com a comunidade e explicar o porquê de estarmos nas ruas", contou Ângela.

Conforme o sindicato, até o mês de abril deste ano, o centro de saúde sofreu cinco atos violentos – uma média de um por mês. A entidade disse que um desses casos ocorreu no dia 8 de fevereiro, quando uma médica generalista teve o carro roubado após ser rendida por dois homens quando chegava para trabalhar. Em 26 de março, a unidade teve janelas arrombadas e um computador furtado.


Em nota encaminhada ao Estado de Minas, a SMSA informou que o centro de saúde conta com patrulhamento da Guarda Municipal no entorno da unidade, tem desenvolvido ações em parceria com a Secretaria de Segurança com a finalidade de qualificar a segurança nas unidades e que, com a implantação do programa Patrulha SUS, que chega a Regional Norte neste mês, haverá fortalecimento na segurança da unidade.

"Foi oferecido um curso de qualificação para Guardas Municipais que atuam nas Unidades de Saúde de Belo Horizonte e também foi implantado fluxo de abordagem a episódios de violência nos serviços desta Secretaria, que direcionam o trabalhador e/ou usuário na tomada de decisão em caso de violência. Este fluxo orienta quais providências e quem acionar em cada tipo de violência", acrescentou.

* Estagiário sob supervisão da subeditora Ellen Cristie
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