A audiência de instrução do julgamento de Jonathan Pereira do Prado, de 33 anos, acusado de matar Kelly Camaduro, de 22, está marcada para o dia 16 de maio, às 9h, em Frutal, no Triângulo Mineiro. Jonathan confessou ter matado a jovem e deixado o corpo em um córrego, na zona rural da cidade, após pedir carona em um grupo de Whatsapp de cidades que ficam próximas à divisa de Minas Gerais com São Paulo.
A foi morta no dia 1º de novembro quando ia de São José do Rio Preto (SP), onde estudava e trabalhava, para Itapagipe, em Minas, onde passaria o feriado prolongado com o namorado. Depois de viajar cerca de 125 quilômetros com o algoz – e a 25 quilômetros da chegada –, veio o desfecho trágico, quando Jonathan anunciou o assalto e mandou a jovem parar o carro.
Leia Mais
Suspeito de matar jovem em Frutal após carona é denunciado pelo MPMGPolícia indicia por estupro homem que matou jovem após carona em FrutalHomem que matou jovem em Frutal é agredido por outros detentosMaterial biológico de jovem morta em carona no Triângulo foi enviado a BHHomem que confessou morte de jovem após carona em Frutal é condenadoAcusado de matar jovem após carona em Frutal presta depoimento em audiênciaMPF faz apelo para que remédios contra Guillain-Barré cheguem com urgência a hospitais e UPAs de MinasAinda no mês do crime, uma denúncia foi feita pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) contra o homem. Ele, Daniel Theodoro da Silva, de 24, e Wender Luiz Cunha, de 34, também foram denunciados pelo órgão por receptação. Jonathan estava foragido do sistema prisional desde 2017.
De acordo com a denúncia oferecida, Jonathan teria induzido Kelly a aceitar a carona, afirmando para a jovem que iria com uma namorada – que não existia.
O promotor de Justiça de Frutal, Fabrício Lopo, disse, na época, que as investigações poderiam apontar para outros suspeitos, embora isso não interfira no processo aberto contra Jonathan. "De modo algum o resultado dessa diligência irá aditar ou tumultuar a responsabilização de Jonathan, que é o nosso norte", afirmou. Ainda segundo Lopo, os réus permanecerão presos em razão da "gravidade do crime, da comoção social e pelo fato de Jonathan ter procurado obter falsa identidade para cometer o crime".
* Estagiário sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.