Em busca de melhores condições de trabalho, professores da rede pública municipal vão se reunir na Praça da Estação, a partir das 8h30, nesta quarta-feira. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal (Sind-REDE), a expectativa é que profissionais de nível superior (Ensino Fundamental) também entrem em greve – posicionamento adotado pela educação infantil desde 23 de abril.
As principais solicitações dos trabalhadores em educação são o reajuste salarial e a carreira única para educação infantil – equiparação salarial entre educação infantil e fundamental. Atualmente, a educação básica respeita os níveis de 1 a 10, enquanto a fundamental obedece ao grau 10 até o 24.
Além disso, os professores pedem a ampliação do chamado "tempo de estudo". Este período diz respeito às tarefas extraclasse, como dedicação aos pais e responsáveis, correção de avaliações e elaboração do conteúdo lecionado. Os professores pedem o aumento de 5h para 7h do intervalo total.
Para tentar chegar a um acordo, a categoria se reuniu com a Prefeitura de Belo Horizonte nesta terça-feira. Entretanto, segundo o Sind-REDE, não houve apresentação de qualquer proposta. "A pauta de reivindicação foi enviada em fevereiro. Esperamos março e abril, mas não houve nenhuma proposta. Essa paralisação já estava programada", ressalta o diretor do sindicato, Robson Torrezani.
De acordo com a Diretoria Colegiada do Sind-REDE, "o governo ignorou as diversas reuniões realizadas desde o ano passado, inclusive a promessa feita de apresentação de proposta em setembro de 2017".
Ainda na versão do sindicato, uma nova reunião deve ser marcada para o próximo dia 16 (quarta-feira). Neste encontro, a Prefeitura de Belo Horizonte deve apresentar uma proposta para as mudanças do "tempo de estudo". Entretanto, o fato não deve influenciar nas discussões de amanhã.
O ato também vai contar com outras duas categorias: os trabalhadores terceirizados da Caixa Escolar e Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel). Os ligados à educação reivindicam aumento salarial.
O Sindibel, por sua vez, quer reajuste de 5%, acrescido de 14% relacionados às perdas salariais entre 2014 e 2018. A categoria ainda pede a extensão do vale-alimentação para seis horas – no valor de R$ 38,50 – e revisão dos planos de carreiras.
Os trabalhadores devem se encaminhar à sede da Prefeitura de Belo Horizonte para finalizar o ato. Na última ocasião semelhante, a Polícia Militar optou pelo "uso progressivo da força" e causou polêmica com a categoria.
Na época, uma sindicância foi aberta pelo governador Fernando Pimentel (PT). A medida tinha como objetivo apurar possíveis abusos da PM durante a abordagem.
Serviço
Data: 06/05 (quarta-feira)
Hora: 8h30 (concentração)
Local: Praça da Estação e término na sede da Prefeitura de Belo Horizonte
Categorias: Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal (Sind-REDE), trabalhadores terceirizados da Caixa Escolar e Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel)