A BHTrans anunciou ontem à noite que vai reforçar as linhas do Move, a partir das 5h de hoje, devido ao reajuste da tarifa do metrô da Região Metropolitana de Belo Horizonte, de R$ 1,80 para R$ 3,40. A empresa não detalhou como será o reforço, que poderá absorver eventual aumento da demanda de passageiros, já que, com o novo valor do metrô, o custo das viagens de integração podem superar os R$ 4,05 cobrados pela passagem desse sistema de ônibus urbanos. A possibilidade de um recuo do governo federal em relação a elevação imediata da tarifa do metrô não se concretizou. No fim da noite, o presidente do Sindicato dos Metroviários (Sindmetro-MG), Romeu Machado Neto, recebeu ligação do superintendente regional da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), Miguel da Silva Marques, afirmando que o reajuste de 88% passa vigorar hoje.
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Governo federal confirma reajuste em tarifa do metrô a partir de sexta-feira, afirma deputadoSindicato protesta contra aumento na tarifa do metrô em estação de ContagemGoverno federal aceita escalonar reajuste de 88% do metrô, diz deputadoEstações do Move UFMG e Colégio Militar são fechadas parcialmente para manutençãoLavrador inabilitado, empresário e advogada morrem em acidente no Sul de MinasO percentual de aumento do trem metropolitano é o maior do transporte público já registrado na capital mineira. CBTU e os ministérios das Cidades e Transportes até o fim da noite de ontem não se posicionaram oficialmente sobre qualquer possibilidade de recuo da elevação do preço, como havia garantido que ocorreria o deputado Fábio Ramalho (MDB-MG), coordenador da bancada mineira no Congresso, depois de reunião com o ministro do Planejamento Desenvolvimento e Gestão, Esteves Colnago. O também deputado Weliton Prado (Pros-MG) foi informado pelo ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, de que não haveria recuo. Os dois parlamentares disseram que vão adotar medidas judiciais para questionar o aumento.
FILAS Usuários do metrô de BH, certos de que ocorreria o reajuste acima dos 80%, fizeram fila na noite de ontem na Estação Central para comprar bilhetes com o preço antigo de R$ 1,80. Mas esbarraram no limite de 10 tíquetes por passageiro. A restrição só aumentou a indignação das pessoas, que em coro afirmam que o aumento é abusivo.
As advogadas Rúbia Samara, de 24 anos, e Suelen Ribeiro, de 27, criticaram a limitação da compra de bilhetes. “Uso o metrô diariamente e queria comprar passagens pelo menos para todo o mês mas, além desse aumento abusivo, estão com uma imposição ilegal de restringir a quantidade de bilhetes”, desabafou Suelen.
Ministérios públicos estadual e federal analisam representações contra o reajuste. O MPE chegou a abrir um procedimento de apuração, enquanto o MPF ainda está distribuindo as representações. Já a CBTU informou que cabe ao Conselho de Administração da empresa a aprovação do aumento das tarifas, bem como a determinação da data de sua implantação. “O reajuste tarifário deverá levar em consideração o IPCA acumulado desde o último aumento”, disse por meio de nota..