O 2º Tribunal do Júri de Belo Horizonte decidiu pela absolvição de Warley Miranda de Oliveira e Gilmar Miranda Correia, acusados de matar o advogado Jayme Eulálio de Oliveira, em outubro de 2013, no Bairro Castelo, na Região da Pampulha. Segundo o Fórum Lafayette, o Ministério Público de Minas Gerais tem intenção de recorrer da decisão do júri popular.
A sessão começou na manhã de quinta-feira e terminou por volta das 22h30, presidida pelo juiz Pedro Câmara Raposo Lopes Fernandes, que determinou a imediata expedição dos alvarás de soltura em favor dos dois réus, caso eles não tenham que ser mantidos presos por outro crime. Elaine Cardoso Silva, também acusada de participar do crime, teve seu julgamento desmembrado. O júri dela será realizado na manhã de 12 de setembro.
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Conforme o Ministério Público, quando ficaram sabendo que o advogado havia traído a confiança do bando, ficando com o valor que seria destinado ao suposto suborno dos investigadores, os integrantes da associação criminosa exigiram de Jayme a devolução da quantia paga. O advogado se recusou e não se intimidou com as ameaças de morte realizadas pelo grupo. Ainda segundo o MPMG, ele fez uma contra-ameaça, dizendo que possuía uma arma e que seu veículo era blindado.
Conforme as apurações, no dia do crime, os acusados estacionaram um veículo escondido atrás de uma caçamba de lixo, a poucos metros da entrada do prédio do advogado. Ele foi surpreendido pelos integrantes da gangue ao chegar e acabou morto com 30 tiros de fuzil.
“Para o Ministério Público, o crime teve motivação torpe (vingança abjeta, a revelar a flagrante insensibilidade dos acusados) e houve a utilização de recurso que dificultou a defesa da vítima (surpreendida em um ataque inopinado)”, explicou o Fórum Lafayette.
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