Usuários inseguros: este é o ambiente da Estação Central na noite desta sexta-feira, mesmo depois de uma liminar ter suspendido o reajuste das passagens do metrô. Na bilheteria, quem precisa se locomover de metrô ainda paga o preço reajustado – estabelecido em R$ 3,40 – e evita comprar grandes quantidades de bilhetes. Por isso, a fila é mínima, diante do habitual.
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Aumento do metrô é suspenso por liminar da Justiça de Minas Gerais Estações do Move UFMG e Colégio Militar são fechadas parcialmente para manutençãoProposta de reajuste do metrô afeta população de menor rendaDo lado de fora da estação, um ato organizado pelo Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais (Sindimetro/MG) reuniu cerca de mil pessoas, de acordo com as lideraças. Além dos sindicalistas, diretórios estudantis de universidades públicas e privadas, a Associação Municipal dos Estudantes Secundaristas de Belo Horizonte (AMES-BH) e cidadãos sem filiação a movimentos compunham o protesto.
De acordo com o Sindimetro, a mobilização precisa continuar. ''Esse é o início da luta, pois se trata de uma liminar'', afirmou Romeu José Neto, presidente do órgão.
Ainda segundo Romeu, o anúncio da liminar, contra a qual cabe recurso, reduziu o número de pessoas que compareceram ao ato. Ele também confirmou uma nova reunião na segunda-feira, às 18h, na sede do Sindimetro (Rua Tabaiares, 41, no Bairro Floresta), para avaliar os rumos da manifestação. O encontro será aberto ao público.
Pelo lado dos estudantes, a insegurança permanecia, principalmente quanto ao peso que o reajuste representaria para comparecer às aulas. "A gente quer ir e vir da universidade com uma tarifa menos absurda. É um aumento desnecessário, que vai pro bolso de empresário. Nosso metrô não tem infraestrutura suficiente'', afirmou o estudante Caio Diogo, da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas).
Um grande número de policiais militares, policiais ferroviários e seguranças da CBTU também estavam presentes ao protesto.