Motoristas que usam com frequência a Avenida Antônio Carlos, ligação da Região da Pampulha com o Centro da capital, vêm se habituando a uma corrida de obstáculos, que já se estende por meses e cujos bloqueios apenas mudam de endereço. Se o Viaduto Angola, na altura do Conjunto IAPI, foi entregue 72 dias após o começo das obras que interditaram uma das alças em 27 de fevereiro – o prazo inicial estipulava a conclusão dos trabalhos em 40 dias – os condutores encontram outras restrições de tráfego em elevados vizinhos e convivem com retenções e congestionamentos diários.
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Manobrista de um estacionamento próximo, Marcos José, de 45, ressalta as reclamações feitas por clientes. “Fica muito ruim para fazer o retorno, pois as pessoas precisam ir até o Conjunto IAPI. fSem contar aqueles que precisam chegar ao hospital (Belo Horizonte, próximo ao local) em caso de emergência”, afirma, referindo-se ao fechamento da alça que serve como transposição da Antônio Carlos.
De acordo com a Defesa Civil, um imóvel está interditado no local. A prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura, informou que desenvolve “estudos para executar obras para a estabilização da encosta e mitigação dos riscos no local”. Mas, para isso, depende dos recursos da União.
Novas alças, mais desvios
No Complexo da Lagoinha os obstáculos também mudam a cada dia. Desde 13 de abril, desvios incomodam quem precisa chegar ao Centro. A esperança que veio com a inauguração de duas alças de acesso à área central, mas a promessa de desafogar o trânsito na região durou pouco. A estrutura faz a ligação dos corredores de ônibus das avenidas Cristiano Machado e Antônio Carlos com o Hipercentro. Pouco depois da abertura das novas pistas, porém, o fechamento do acesso da Avenida Antônio Antônio Carlos pelo Viaduto Leste passou a atrapalhar a vida dos motoristas, que agora sobrecarregam o Viaduto B, que passa ao lado da Rodoviária, na chegada à Rua Caetés.
O último desvio implantado afetou o deslocamento de quem sai do Centro para acessar as avenidas Cristiano Machado e Antônio Carlos, também pelo Viaduto Leste. O tráfego vem sendo feito pela contramão de direção, já que foi necessário fechar o outro sentido para recuperação do asfalto. De acordo com a BHTrans, os locais estão sinalizados com faixas de tecido para orientação dos condutores, que é reforçada por agentes da Unidade Integrada de Trânsito e da Guarda Municipal. A conclusão dos trabalhos está prevista para o próximo mês. O valor investido é de R$ 61,6 milhões, recursos do PAC Mobilidade, segundo a Prefeitura de BH.