O recorde de morte em decorrência da febre amarela aumentou ainda mais em Minas Gerais. Na temporada 2017/2018, que teve início em julho e vai acabar em junho deste ano, 168 pessoas já perderam a vida, seis a mais do que o período anterior (2016/2017), considerado até então o pior já registrado no país. O número de pessoas infectadas também é maior. Já são 482 moradores que contraíram a doença, contra 475 do ano anterior. O estado bateu a meta da cobertura vacinal, que é de 95%. Mesmo assim, há uma estimativa de 670 mil pessoas que ainda não se imunizaram e correm o risco de contraírem a moléstia. As doses seguem disponíveis nos postos do Sistema Único de Saúde (SUS).
O aumento nos números é justificado pela Secretaria de Estado de Saúde pela circulação do vírus por regiões mais populosas e que não tinham sido atingidas na temporada anterior. O início do atual ciclo da febre amarela em Minas começou de forma tímida, com os primeiros casos sendo confirmados em janeiro deste ano. Os dois pacientes, moradores de Brumadinho, na Região Metropolitana de BH, começaram a sentir os sintomas em dezembro. Um deles morreu no fim do mês. À medida que o tempo passou, os casos começaram a se espalhar rapidamente, até atingir números nunca antes vistos no estado.
A diferença entre o último boletim divulgado pela SES, em 2 de maio, para o levantamento de hoje mostra um aumento mais tímido. No número de casos foram incluídos sete registros. Já em relação as mortes, foram incluídas duas. Vale ressaltar que não significa que as notificações aconteceram neste período, e sim que exames de pacientes ficaram prontos e foram analisados.
A maioria dos casos registrados nesta temporada em Minas Gerais foram em homens, o que representa 86,7%. Em relação as mortes, 7,7% foram de mulheres. A mediana de idade dos casos confirmados é de 48 anos, sendo que houve registro de casos em idades entre 0 e 88 anos. A letalidade por febre amarela em Minas Gerais no período de 2017/2018 é de aproximadamente 34,9%.