Lançado no início de maio para tentar dar uma esperança a cerca de 5 mil taxistas na Região Metropolitana de Belo Horizonte diante da concorrência de empresas como Uber, Cabify e 99pop, o aplicativo TXS2 só ficará disponível para o público no dia 21. Apesar de prometido para o dia seguinte ao lançamento, que ocorreu em 2 de maio, o app enfrentou problemas, como o cadastro de cerca de 1 mil motoristas que não são taxistas e por isso foi necessário fazer ajustes, entre eles um pente-fino nos cadastros. A empresa que desenvolveu o programa e o Sindicato dos Taxistas sustentam que o app se encontra em ambiente de testes para que esteja disponível a todas as pessoas nessa data.
O taxista Aldair Ribeiro Lima, de 43 anos, cita também a necessidade de outros ajustes para viabilizar o funcionamento do TXS2 a partir do dia 21. Segundo ele, foi necessário agregar cadastros de cidades que têm convênio com a BHTrans, como Ribeirão das Neves, Ibirité, Contagem e Sabará, na Grande BH. Nesse bolo, ele conta que condutores de outros aplicativos tentaram ingressar no novo sistema. “Alguns motoristas que não são taxistas aproveitaram essa possibilidade e acharam que os dados não seriam cruzados”, diz ele, destacando que a própria população perceberia o problema ao chamar um táxi e se deparar com um carro particular. “Os passageiros já estão reclamando de decadência de aplicativos e por isso essa novidade vai nos dar a oportunidade de competir de igual para igual com eles e cair no gosto da população”, completa Aldair, que está ansioso para rodar com a nova plataforma.
MODERNO Segundo a empresa que desenvolveu o app, a população terá acesso a um serviço mais moderno, seguro e com preços competitivos e os taxistas serão gestores de seu próprio serviço. Para começar, o app inicia as corridas para o usuário com o esperado no mercado: valores de bandeira 1, desconto de 30% e sem tarifa dinâmica. Entre os benefícios para quem pretende dirigir pelo app, segundo a empresa, estão: menos taxas – pelo serviço, pelo cartão e pela antecipação do pagamento – e mais segurança para o motorista já que o login do usuário é feito com CPF. Outra novidade é que o próprio motorista será o responsável pela gestão e recebimento imediato do valor da corrida. Ainda há a possibilidade para o passageiro do uso de formas de pagamento alternativas, incluindo moedas criptografadas como a bitcoin. Outra vantagem apresentada é a agilidade no trânsito, já que os corredores de ônibus podem ser usados pela categoria. Desde o ano passado, foi liberada a circulação de táxis nas pistas do Move na Avenida Cristiano Machado, Avenidas Antônio Carlos e Pedro I. (com informações de Larissa Ricci)