Professores da rede infantil de Belo Horizonte decidiram manter a greve que teve início em 23 de abril. A decisão foi tomada em assembleia realizada na tarde desta quarta-feira em frente a sede da Prefeitura, na Avenida Afonso Pena, no Centro da capital mineira.Os educadores querem equiparação salarial com quem dá aulas para o nível fundamental (crianças a partir de 6 anos). Devido a reunião, o trânsito ficou lento.
As professoras das Unidades Municipais de Educação (Umeis) exigem equiparação salarial com quem dá aulas para o nível fundamental (crianças a partir de 6 anos). Assim, saem do nível 1 para o 10. O concurso para professor da educação infantil exige formação em nível médio e para o fundamental, curso superior. A própria PBH informou que 70% das professoras das Umeis têm graduação.
A administração municipal mantém a proposta até 20% de aumento e a retomada do Projeto de Lei 442, que prevê melhorias na carreira. Pelo projeto, professoras com nível superior que assumiram recentemente seus cargos saltariam do nível 1 para o 4. A carreira de docentes da Prefeitura de BH tem 24 níveis.
Ensino fundamental
Os professores do ensino fundamental de Belo Horizonte entram em greve a partir desta quinta-feira. Os trabalhadores em educação cobram reajuste salarial e carreira única para educação infantil, com equiparação salarial entre educação infantil e fundamental. Atualmente, a educação básica respeita os níveis de 1 a 10, enquanto a fundamental obedece ao grau 10 até o 24. Além disso, pedem a ampliação do chamado "tempo de estudo". Este período diz respeito às tarefas extraclasse, como dedicação aos pais e responsáveis, correção de avaliações e elaboração do conteúdo lecionado. Os professores pedem o aumento de 5h para 7h do intervalo total.
Na última semana, segundo Sind-Rede, a categoria se reuniu com representantes da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), mas não houve acordo. A entidade afirma que a administração municipal não apresentou nenhuma proposta.
Professores estadual
Servidores da educação estadual fizeram uma paralisação nesta quarta-feira contra o atraso e o escalonamento dos salários pelo Governo de Minas Gerais. O protesto foi convocado pelo Sindicato dos Trabalhadores Únicos em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG). A categoria cobra o fim do parcelamento dos salários e dos atrasos no depósito dos vencimentos, medida adotada pelo governador Fernando Pimentel (PT) por causa das dificuldades financeiras.