Enquanto o escrivão Cláudio Roberto Weichert Passos atirava contra Ludmila, os corpos de Luciana Petronilho, de 40 anos, e das filhas Nathalia Petronilho, 18, e Victoria Petronilho, de 15, eram veladas na quadra de uma igreja em Santa Luzia. Momentos depois, foram sepultadas no Cemitério Belo Vale, também na cidade da Grande BH. Mãe e filhas foram assassinadas a tiros pelo policial civil Paulo José de Oliveira, de 40, que deveria estar preso na Casa de Custódia da Polícia Civil e fugiu do local para cometer o crime. Em seguida ele atirou contra a própria cabeça e morreu. O investigador havia sido condenado a 31 anos de reclusão em regime inicialmente fechado, exatamente por estupro cometido contra as irmãs que executou. O Ministério Público informou ontem que a Promotoria de Defesa dos Direitos Humanos e de Fiscalização da Atividade Policial instaurou procedimento investigativo para apurar em que circunstâncias o policial deixou a carceragem para praticar o crime.
No último dia 9, Paulo foi condenado pelo estupro das duas jovens assassinadas por ele. O crime de violência sexual o levou para a cadeia em julho do ano passado, condenação que teria motivado o assassinato das jovens e da mãe. A Corregedoria-Geral da Polícia Civil abriu sindicância para apurar como Paulo saiu da Casa de Custódia, local destinado a receber policiais civis presos.