No dia em que a greve completa um mês, os professores das Unidades Municipais de Educação (Umeis) optaram por manter a paralisação do ensino infantil em BH. Eles se reuniram com a Comissão de Orçamento e Finanças Públicas da Câmara de BH e representantes da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), mas nenhuma proposta foi apresentada, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-Rede/BH). Procurada pela reportagem, a Prefeitura de Belo Horizonte afirmou que só vai negociar depois do fim da greve.
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Em greve, professores das Umeis se reúnem com PBH e vereadores nesta quartaGreve dos caminhoneiros pode afetar ônibus de BH, dizem empresas Professores das Umeis de BH mantêm a greve; Kalil pode suspender aumentoKalil ameaça retirar proposta de reajuste caso professores das Umeis não voltem ao trabalhoAlém da continuidade da greve, Rocha informou que haverá a instalação de um acampamento na porta da prefeitura até a próxima assembleia, marcada para terça-feira. Ele sinalizou que a decisão partiu das próprias professoras.
A paralisação da educação infantil diz respeito ao plano de carreira da categoria. Os educadores cobram a equiparação salarial entre os profissionais dos ensinos infantil e fundamental.
Atualmente, conforme o Sind-Rede/BH, os profissionais das Umeis começam recebendo R$ 1.450 (nível um), enquanto os educadores do ensino fundamental iniciam a carreira com R$ 2.200 (nível 10). Os valores informados são brutos.
Para equilibrar a conta, a categoria apresentou uma proposta de escalonamento. Nessa oferta, os professores da educação infantil atingiriam o nível cinco em junho, o oitavo degrau em dezembro e a escala 10 somente em julho de 2019.
Para o assessor do Sind-Rede/BH, Wanderson Rocha, a greve tem tido apoio dos pais e mães da rede pública. “Sem dúvida, o movimento tem tido apoio das famílias, apesar da falta de atendimento às crianças”, disse.
A greve se iniciou em 23 de abril e, desde então, passou por diversos conflitos. No mais marcante deles, a Polícia Militar empregou o “uso progressivo da força” para retirar professores que bloqueavam a Avenida Afonso Pena, no Centro da capital.