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Estado de Minas

Renova pede aval para reassentamento de novo Bento Rodrigues

Fundação formalizou um pedido de licenciamento ambiental para reconstrução do distrito, que deverá manter, ao máximo, as características originais e os aspectos patrimoniais, urbanísticos e culturais


postado em 23/05/2018 21:10 / atualizado em 24/05/2018 10:35

(foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)
(foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)
Depois de instalar o canteiro de obras na área escolhida para o novo distrito de Bento Rodrigues há cerca de 10 dias, a Fundação Renova – criada para lidar com os danos provocados pelo desastre de Mariana, na Região Central de Minas, em novembro de 2015 – formalizou o pedido de licenciamento ambiental para o reassentamento do novo distrito. A demanda foi formalizada nesta quarta-feira na Superintendência de Projetos Prioritários (Suppri), da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).

A Renova informou que, para a licença ambiental ser expedida, a Suppri deverá fazer uma análise técnica e jurídica para que as obras no terreno Lavoura, indicado para a construção do novo Bento Rodrigues, tenham início. Uma anuência prévia da Secretaria de Cidades e de Integração Regional (Secir) também servirá como um parecer autorizando o parcelamento do solo. 

Posteriormente à autorização da superintendência, será iniciada a supressão vegetal e, em seguida, a terraplanagem, para que seja iniciada a fase de construção de toda a infraestrutura e execução dos projetos de pavimentação, drenagem, redes de esgoto, distribuição de água e de energia. O novo distrito deverá preservar ao máximo as características originais e os aspectos patrimoniais, urbanísticos e culturais – sobretudo a relação com a vizinhança – de Bento Rodrigues.

Inicialmente, a expectativa era de que o novo Bento Rodrigues fique pronto em março de 2019. Contudo, a Fundação Renova informou que não há, atualmente, um prazo para concluir os trabalhos. Com 98 hectares, o terreno, na localidade de Lavoura, fica a oito quilômetros do subdistrito, devastado pelos rejeitos que provocaram a morte 19 pessoas, na maior tragédia socioambiental do país.

* Estagiário sob supervisão da subeditora Ellen Cristie


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