A Universidade Federal de Lavras (UFLA), no Sul de Minas Gerais, suspendeu as aulas até a próxima segunda-feira, 28 de maio, em função da greves dos caminhoneiros nas rodovias do estado. A categoria protesta há quatro dias contra a alta dos combustíveis.
Nesta quinta-feira, as atividades dos cursos de graduação e pós-graduação já foram suspensas. Em nota, a UFLA diz que a decisão “visa preservar toda a comunidade acadêmica.
“Reforçamos que as atividades relacionadas ao IV Simpósio Brasileiro de Doenças Negligenciadas serão mantidas, assim como outras registradas oficialmente na Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec)”, diz a nota da universidade. “Também serão mantidas normalmente as atividades administrativas da Universidade (trabalho dos servidores técnicos administrativos e docentes)”, finaliza.
A paralisação causou desabastecimento de alimentos e combustíveis, comprometendo vários setores. Sem fornecimento de alimentos, os produtos começaram a desaparecer da CeasaMinas e os preços dispararam, com aumento médio de 140% e em alguns casos de até 470%, como na batata.
Os postos de Minas, São Paulo e outros estados começaram a ficar sem combustíveis. A BHTrans anunciou redução de 50% das viagens de ônibus fora do horário de pico e as empresas avisam que podem ser obrigadas a parar nos próximos dias. A PM diminuiu as viaturas nas ruas.
A falta de combustível também afeta os aeroportos. Em Brasília, pelo menos três voos foram cancelados e terminais de São Paulo, Recife, Palmas, Aracaju e Maceió só tinham querosene de aviação para operar até ontem. Para tentar amenizar o problema, no início da noite dessa quarta-feira o presidente da Petrobras, Pedro Parente, anunciou redução de 10% no preço do diesel durante 15 dias.