Para planejar e executar ações decorrentes da paralisação dos caminhoneiros, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) criou nesta quinta-feira um grupo de trabalho para tomar decisões que assegurem o abastecimento de ambulâncias, viaturas da Guarda Municipal, Defesa Civil e Limpeza Urbana. Também nesta tarde, o Governo de Minas criou um Gabinete de Crise, envolvendo todos os órgãos do estado, para traçar estratégias de logísticas.
Em nota, o Executivo municipal informou que contará com o apoio da Polícia Militar (PM), assim como os envolvidos nos bloqueios, "para garantir a escolta de combustíveis e insumos hospitalares até os pontos de abastecimento com o objetivo de manter os serviços essenciais à população". A PBH também informou ponto facultativo para os servidores e reduziu as viagens de ônibus para o quadro de horário de domingo.
Gabinete de Crise
O departamento já funciona desde quarta-feira à pedido do Governador Fernando Pimentel (PT). Representantes da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil e das secretarias de Governo (Segov), de Saúde (SES-MG), de Transportes e Obras Públicas (Setop), de Educação (SEE), de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), e de Segurança Pública (Sesp), fazem parte do grupo.
Várias decisões são tomadas pelo gabinete. A maioria delas envolvem os problemas de logística. Uma das preocupações, por exemplo, é com os hortifrútis, que não estão chegando as Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (CeasaMinas). O Estado de Minas mostrou que devido a falta dos produtos o preço foi reajustado em até 140%, em média. Para isso, uma das estratégias pensadas, é a escolta de caminhões por parte da Polícia Militar.
O gabinete vai continuar montado até o fim da greve, por isso, não há previsão para ser desmontado. Nesta quinta-feira, os órgãos estão reunidos para definir estratégias.
* Estagiário sob supervisão da subeditora Regina Werneck