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Estado de Minas

PM vai escoltar carga de alimentos para creches e combustível para ambulâncias em Minas

Medida foi anunciada na manhã desta sexta-feira em coletiva dos militares de Minas Gerais e Defesa Civil estadual. PM não descarta uso de força para liberar o tráfego


postado em 25/05/2018 12:50 / atualizado em 25/05/2018 21:13

Um carro foi incendiado por populares que atearam fogo e interditaram os dois sentidos da BR-040 em Ribeirão das Neves (foto: Jair Amaral/EM/ D.A Press)
Um carro foi incendiado por populares que atearam fogo e interditaram os dois sentidos da BR-040 em Ribeirão das Neves (foto: Jair Amaral/EM/ D.A Press)
A Polícia Militar de Minas Gerais vai escoltar caminhões-tanque para garantir abastecimento de ambulâncias e viaturas. O serviço especial também vai garantir o transporte de medicamentos, ração, carga viva e alimentos para creches. 


Os caminhoneiros permitem a passagem apenas de veículos de passeio, ficando retidos os caminhões para o transporte de carga. Já há falta de combustível em BH e em cidades do interior de Minas. Na Central de Abastecimento de Minas Gerais (CeasaMinas) também é registrada a falta de alimentos.  

"A própria lei 7.783/89 que trata do direito de greve fala na garantia do estado em relação aos direitos e garantias de atividades consideradas essenciais, como, por exemplo, o direito do à vida. Então tem que chegar medicamentos, alimentos, oxigênio para hospitais, alimento para nossas creches nos diversos rincões de Minas Gerais", disse o chefe da sala de imprensa da Polícia Militar, Major Flávio Santiago. 

Outra ponderação do militar foi para garantir combustível às ambulâncias e a estabilidade na rede de energia elétrica e no abastecimento de água. "Tem que fazer chegar também insumos que garantam o funcionamento de redes elétricas e, também, da questão hídrica, para que haja água potável," destacou Santiago. 
 
As solicitações para que as cargas sejam liberadas devem ser feitas junto aos órgãos municipais, para que a demanda seja encaminhada ao gabinete de crise, criado pelo Governo de Minas Gerais, para garantir o funcionamento de serviços considerados essenciais. 

"O gabinete de crise, através da central de coordenação das escolas, recebe as demandas das creches, hospitais, prefeituras e, com isso, a gente gerencia a escolta. Seja do ponto de origem de onde o material é fabricado e produzido ou também se estiver bloqueado em algum trecho de rodovia", garantiu Flávio Santiago. 

Adesivo que será fixado em caminhões escoltados pela Polícia Militar (foto: Larissa Ricci/EM/ D.A Press)
Adesivo que será fixado em caminhões escoltados pela Polícia Militar (foto: Larissa Ricci/EM/ D.A Press)
Sem precisar qual quantidade de adesivos serão enviadas aos municípios, a Defesa Civil vai fazer a distribuição dos fixadores para o município, com apoio de companhias locais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, de acordo com a solicitação de órgãos e instituições. 

"Essa adesivação vai ocorrer e o que esperamos dos nossos amigos caminhoneiros é que eles possam sensibilizar-se e permitir que os veículos passem por locais de paralisação", explicou o tenente-coronel Rodrigo de Faria, da Defesa Civil estadual. 

Balanço do gabinete de crise aponta que a situação é crítica em todo o estado, conforme informado por Faria. "Estamos enfrentando um desabastecimento em creches, hospitais, mortandade de animais e isso representa uma série de conflitos e consequências que buscamos resolver com as devidas intervenções", finalizou Faria.  

Segurança garantida

Mesmo com um memorando na noite de terça-feira informando sobre uma redução nas operações por causa da falta de combustível, a Polícia Militar descartou que haja problemas no combate à criminalidade. Com as escoltas, a corporação vai garantir, além do combustível para as ambulâncias, insumos para abastecer as viaturas. 
  
"A segurança está garantida. Desde a formação do gabinete de crise, a Polícia Militar já estabeleceu um formato para a chegada desse combustível às unidade. Já estamos fazendo todo esse formato para garantir que o serviço operacional e o patrulhamento e atendimento à sociedade não sofram nenhum impacto", reiterou o major Flávio Santiago.

Para garantir as escoltas dos produtos considerados essenciais, a PM também não descarta o uso de "força necessária". "A Polícia Militar não é contra nenhum direito à manifestação, nem aos protestos dos caminhoneiros. Mas está agindo para garantir que os serviços essenciais sejam fornecidos. Toda e qualquer ruptura da ordem pública, a PM vai utilizar de força necessária para fazer com que haja o restabelecimento da segurança para a população", garantiu Santiago. 
 
*Sob supervisão do editor Benny Cohen


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