Milhares de pessoas participaram, neste sábado, da Marcha da Maconha em Belo Horizonte. O protesto, que ocorre anualmente, pede a legalização da droga e a regularização do cultivo caseiro e da venda da planta. Trata-se da 10ª edição da manifestação e, segundo organizadores, reuniu cerca de 20 mil pessoas.
O ato teve início na Praça da Estação, no Centro da cidade, às 13h. Às 16h20, a multidão saiu pelas ruas da capital com destino à Praça da Liberdade, na Savassi. No início da noite, os manifestantes se dispersaram.
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Um dos organizadores, mais conhecido como Drope Lopes, de 37 anos, diz que a legalização é a solução para combater o tráfico. "É uma luta que engradece em todos os sentidos. Todos os usos da maconha são terapêuticos. Por isso, luto pelo cultivo caseiro, assim acabamos com o genocídio da população negra – a mais prejudicada pela 'guerra às drogas'. Legalizar é urgente", afirmou.
A manifestação ainda propõe a reflexão sobre a arrecadação de impostos sobre a legalização da maconha.
Ainda segundo a organização, o movimento foi pacífico e ocorreu sem conflitos com a Polícia Militar. .