Jornal Estado de Minas

"Tem anos que eu não andava de bike", diz trabalhador sem combustível em BH

Sem insumos para venda, postos na Via Expressa estão fechados para os clientes e apenas funcionários têm acesso aos estabelecimentos - Foto: Paulo Filgueiras/ EM/ D.A Press
O principal impacto para a população de Belo Horizonte com a paralisação dos caminhoneiros é visto na distribuição dos combustíveis. Com oferta praticamente zero de etanol, gasolina e diesel nos postos da cidade, uma opção que ajuda nos deslocamentos prejudicados pela falta de combustível é a bicicleta. 

O restaurador de chaminés industriais Mauro Ribeiro da Silva, de 52 anos, não tem gasolina no carro e, por isso, já está há uma semana sem prestar o serviço que é especializado. Mas para pequenos deslocamentos, como uma ida ao banco, ele resgatou a bicicleta do filho. 

“Moro no João Pinheiro e vou ao banco no Coração Eucarístico (ambos na Região Noroeste). Tinha anos que eu não andava de bike. Não tenho nada de gasolina, então esse é o jeito. Ontem, fui a pé para a igreja”, diz ele.

Sem combustível para venda, os postos da capital estão fechados nesta segunda-feira, mas os frentistas permanecem nos estabelecimentos aguardando uma possível chegada de caminhões-tanque para reabastecimento. 
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