A Prefeitura de Belo Horizonte decretou ponto facultativo para todos os órgãos públicos municipais até a próxima sexta-feira (2). A medida foi anunciada pelo prefeito Alexandre Kalil (PHS) na manhã desta segunda-feira em decorrência da crise de desabastecimento causada pela greve dos caminhoneiros no país. A PBH chegou a cogitar decretar estado de calamidade mas julgou não ser necessário.
De acordo com Kalil, os ônibus voltam a circular normalmente nesta terça-feira (29). Houve garantia do próprio Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Setra-BH).
A coleta de lixo, que sofreu restrições no fim de semana, também será normalizada amanhã.
As escolas municipais continuam sem aulas.
Os centros de saúde funcionam com escalas de 50%, sendo que os atendimentos de urgência e emergência seguem normais. A saúde não será alterada no ponto facultativo. Temos medicamento, temos transporte público e os centros de saúde funcionando", disse o prefeito.
Ponto facultativo preventivo
O ponto facultativo já estava previsto para sexta-feira (2) em virtude do feriado de Corpus Christi na quinta-feira. Com isso, os funcionários terão a semana toda de folga.
Kalil disse que, como até o meio da manhã não havia sinais de que o protesto dos caminhoneiros terminaria, decidiu adotar um "ponto facultativo preventivo". "Vamos tentar amenizar essa situação. Graças a Deus estamos prevenidos e organizados para enfrentar esse tipo de situação, diferente de muitas cidades do Brasil", afirmou.
Segundo o prefeito, não há problema de abastecimento na PBH. Existe combustível para as ambulâncias. "Temos estoque para quase 15 dias."
Sem calamidade, por enquanto
Kalil disse que o ponto facultativo foi estendido para garantir a continuidade dos serviços essenciais. Com isso, continua havendo atendimento normal nos restaurantes populares e asilos.
A PBH chegou a falar em decretar estado de calamidade ou emergência, o que lhe daria aval para contratações emergenciais sem licitações, mas na reunião com o secretariado a medida foi considerada precipitada. A situação será avaliada novamente durante a semana pelo gabinete de crise composto pelo secretarariado. "Não estamos vendo motivo para essa coisa extrema e que, de uma forma ou de outra, atrapalha um pouco a lisura do sistema de compra", explicou Kalil.