O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS), deu nesta segunda-feira (28) uma espécie de ultimato para os professores da educação municipal infantil, que estão em greve desde 23 de abril. Segundo ele, se os profissionais não voltaram às salas de aula na segunda-feira (3 de junho), quando a administração retoma seu funcionamento normal, a proposta de reajuste de 20% para a categoria será retirada.
“Determinei agora que segunda-feira, que a prefeitura volta ao normal, se as professoras não voltarem às salas de aula, para depois em 24h sentarem com o prefeito, a proposta de 20% de aumento vai ser retirada”, afirmou. Segundo Kalil, a determinação foi para a secretária de Educação, Ângela Dalben, o secretário de governo e vice-prefeito Paulo Lamac, e o secretário de Planejamento André Reis.
O ultimato foi dado no momento em que professores fechavam a entrada principal da Prefeitura e BH, na Avenida Afonso Pena. Kalil disse que a negociação está aberta desde que eles entraram de greve. O perfeito afirmou ter subido quatro níveis dos nove que o grupo reivindicava há 14 anos.
As professoras das Unidades Municipais de Educação (Umeis) exigem equiparação salarial com quem dá aulas para o nível fundamental (crianças a partir de 6 anos). Assim, saem do nível 1 para o 10. O concurso para professor da educação infantil exige formação em nível médio e para o fundamental, curso superior. A própria PBH informou que 70% das professoras das Umeis têm graduação.
A administração municipal mantém a proposta até 20% de aumento e a retomada do Projeto de Lei 442, que prevê melhorias na carreira. Pelo projeto, professoras com nível superior que assumiram recentemente seus cargos saltariam do nível 1 para o 4. A carreira de docentes da Prefeitura de BH tem 24 níveis.