Em reunião com o governador Fernando Pimentel (PT) na tarde de hoje, a mensagem do comandante-geral da Polícia Militar, coronel Helbert Figueiró de Lourdes, foi clara: o abastecimento de galões de qualquer tipo seria proibido. Apesar disso, no posto Estoril – Avenida Amazonas, 4.808, Nova Suíssa, Oeste de Belo Horizonte – a venda de combustível neste tipo de compartimento está permitida, com filas formadas por centenas de pessoas.
A irregularidade acontece em frente a três policiais militares. Perguntados pela reportagem sobre a proibição, os PMs disseram que não houve qualquer instrução em relação ao problema. Entretanto, tal recomendação foi reproduzida pelo comandante-geral horas antes. “Está proibida a venda de combustível em galões por uma questão de segurança. Somente serão abastecidos os veículos. Todos os postos terão policiamento”, disse o coronel Helbert Figueiró de Lourdes, no encontro que detalhou o plano de ações do governo de Minas para superar a crise de abastecimento.
Já o responsável pelo posto afirmou que somente galões do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e/ou recicláveis são permitidos pela legislação. Esse posicionamento, inclusive, era checado pelos frentistas e pela própria gerência do estabelecimento. Eles impediam que outros compartimentos fossem abastecidos.
Perguntados sobre a restrição, os cidadãos da fila ressaltaram que portavam apenas galões do Inmetro. “O meu galão é permitido. Se não fosse, eles barrariam aqui na frente (próximo à bomba de combustível)”, afirmou um cidadão que não quis se identificar.
Em nota divulgada hoje, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) também adiantou que não seria permitida a venda em galões e/ou outros recipientes. A razão seria por questões de logística e segurança. Sobre o conteúdo do texto, o responsável pelo posto Estoril disse que se trata de uma recomendação do órgão, portanto não haveria caráter normativo.