Para facilitar a liberação de cargas prioritárias durante a greve dos caminhoneiros, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do seu Gabinete de Crise, elaborou um fluxo de trabalho em busca de maior rapidez na negociação com a categoria. Segundo o órgão, a ideia é evitar trâmites jurídicos, para que as cargas de maior interesse público cheguem aos seus destinos o quanto antes.
A medida se ampara em um comunicado que será expedido aos promotores públicos. Nele, os profissionais terão acesso a uma agenda, com contatos de diferentes autoridades que fazem parte do gabinete de crise do Governo de Minas Gerais. Os dados serão levantados pelo Gabinete de Segurança e Inteligência (GSI) do MPMG.
Entre os carregamentos visados estão medicamentos, ração para animais, cargas vivas e combustível para órgãos de segurança e saúde. No caso do alimento dos bichos, o órgão recomenda, por meio da Coordenadoria Estadual de Defesa da Fauna (Cedef), que as polícias Rodoviária Estadual e Federal e o Policiamento Especializado em Meio Ambiente "adotem todas as medidas necessárias para assegurar a imediata liberação de caminhões retidos" com esse insumo.
De acordo com nota divulgada pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), “milhares de toneladas de alimentos estão ameaçadas de perderem prazo de validade”. Até esse domingo, segundo a ABPA, um bilhão de aves e 20 milhões de suínos estavam recebendo alimentação insuficiente.