A promessa de regularização da distribuição de combustíveis em Belo Horizonte ainda encontra bastante dificuldades. No décimo dia da paralisação nacional dos caminhoneiros, a reportagem do Estado de Minas percorreu 36 quilômetros de quatro corredores da cidade com concentração de postos e encontrou uma situação ainda bem difícil para os motoristas. A única coisa que não muda são as filas, seja em postos com gasolina ou fechados. Foram 28 postos percorridos nas avenidas do Contorno, Andradas, Silviano Brandão, Cristiano Machado, do Contorno novamente, e Via Expressa, sendo que há combustível apenas em 10. Os outros 18 seguem sem funcionar pela falta de etanol, gasolina e óleo diesel.
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Caminhoneiros podem chamar a PM para sair de bloqueios em Minas GeraisPM confirma confisco de caminhões de combustível na Grande BHProcura por combustível transforma Belo Horizonte na cidade das filasMapa exclusivo mostra onde encontrar combustível e os preços nos postosMoradores de Diamantina são cadastrados para receber combustívelNa Silviano Brandão, os 3 postos estão fechados. Mesmo assim há filas e expectativa dos motoristas. Na Cristiano Machado, de 13 postos percorridos há gasolina em quatro. Um dos que têm combustível fica no sentido Aeroporto de Confins e está antes do Minas Shopping. Outro está logo à frente da Estação Primeiro de Maio do metrô, debaixo do pontilhão ferroviário. Outros nove postos na Cristiano Machado estão desabastecidos, mas mesmo assim têm filas. Em um deles, logo após a saída para a Região de Venda Nova, a fila foi desformada pela PM agora de manhã, pois a gasolina acabou às 6h. Ruim para o representante comercial Ricardo Luiz de Araújo, 58 anos, que chegou às 3h30 da manhã para colocar R$ 100 no tanque da Kombi que está carregada de café para entregar na Serra do Cipó e Conceição do Mato Dentro. “Não tenho mais para onde ir. Agora é ficar aqui esperando. Pessoal do posto falou que agora só chega mais na semana que vem”, diz ele.
O representante comercial Ricardo Luiz de Araújo chegou às 3h30 da manhã - Foto: Jair Amaral/EM/DA Press
Na Via Expressa uma situação curiosa confunde motoristas que aguardam para abastecer onde for possível. A fila para o Posto Quick, que fica no Padre Eustáquio, vem de dentro do bairro. Mas na porta do posto uma outra fila segue para o estabelecimento da frente, que está fechado. “Achei que era para esse aqui mesmo, muito complicado não saber o que está acontecendo. Agora é ver se consigo em qualquer lugar”, diz o autônomo Gilberto Ferreira, 38. De mais sorte, a designer de interiores Karen Mialarete, 52, abasteceu no Posto Quick e ficou só 40 minutos na fila. “Eu entrei dentro do Padre Eustáquio e vim abastecer o carro da minha filha para ela trabalhar”, afirma. Na Via Expressa, o levantamento da reportagem encontrou três postos com gasolina (os trê no sentido Contagem no Coração Eucarístico e Padre Eustáquio) e quatro sem combustíveis.
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