O cadastramento de pessoas físicas e jurídicas, por meio dos números do CPF e do CNPJ, e registros das placas de veículos são algumas das medidas tomadas em Diamantina, no Alto Jequitinhonha, devido o racionamento de combustível. Cada consumidor terá um limite na compra do álcool ou gasolina e poderá reabastecer novamente somente depois de três dias. A prefeitura decretou situação de emergência no município por causa do desabastecimento de combustíveis.
Diamantina sofre com a falta de combustível e de gás de cozinha. As medidas para amenizar a situação estão sendo adotadas por um comitê de gerenciamento de crise, criado pelo Executivo municipal. O grupo conta com a participação de vários órgãos. Nesta quarta-feira, está sendo aguardada a chegada à cidade de um comboio de caminhões, transportando combustíveis e gás de cozinha, que sairá de Belo Horizonte e viajará escoltado pela Polícia Militar (PM).
Em atendimento a uma recomendação do Ministério Publico Estadual de Minas Gerais (MPMG) em Diamantina, ficou acertado que a venda de combustíveis nos postos na cidade terá que obedecer algumas regras de racionamento. Cada pessoa poderá adquirir, no máximo, R$ 100 de gasolina, etanol ou óleo diesel, podendo reabastecer somente após o intervalo de 72 horas (três dias). Para a garantia do controle, será feito um cadastramento da placa do veículo e do número do CPF ou do CNPJ do consumidor.
As mesmas normas serão aplicadas na venda de gás de cozinha no município, limitada a um botijão por pessoa. Além disso, o comitê de gerenciamento de crise estipulou que deverá ser dada preferência para o atendimento de serviços públicos.
O comandante do 3º Batalhão da Polícia Militar de Diamantina, tenente-coronel Anderson de Deus Aguilar, disse que um grupamento da corporação seguiu para Belo Horizonte com objetivo de escoltar caminhões que vão levar combustíveis e gás de cozinha para a cidade histórica. O comboio deverá ser formado por 12 caminhões, com dois ou três deles carregando gás de cozinha e os outros caminhões-tanque com combustíveis. Dois caminhões vão transportar derivados de petróleo para o município vizinho de Gouveia, que também sofre com o desabastecimento provocado pela paralisação dos caminhoneiros.