A paralisação do metrô será mantida. Os metroviários fizeram uma nova assembleia no início da tarde desta quarta-feira e definiram que não irão trabalhar nesta quinta-feira, feriado de Corpus Christi. Na terça-feira e hoje, os trens rodaram apenas de 5h30 até 9h30. O desembargador Márcio Vidigal, primeiro vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), ainda analisa uma medida cautelar da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) que pede o funcionamento integral dos trens. Somente no primeiro dia de escala mínima, a Companhia afirma que o prejuízo foi de mais de R$ 230 mil
De acordo com Romeu José Machado Neto, presidente do Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais (Sindimetro-MG), a paralisação continua. “Tivemos assembleia e ficou decidido que a greve será mantida. Pela escala apresentada pelo Sindicato à empresa, domingo e feriado não tem funcionamento. Nos dias normais, sexta-feira e sábado, será somente na parte da manhã, até 9h30”, explicou.
A categoria quer o retorno das negociações salariais. “Queremos que o nosso dissídio do ano passado volte para a pauta e a retomada da negociação da campanha salarial deste ano, que está suspensa”, disse Romeu Neto. Como já havia acontecido na terça-feira, todas as estações do metrô, que liga Belo Horizonte a Contagem, na região metropolitana, foram fechadas 9h30.
Nessa terça-feira, a CBTU ajuizou medida cautelar junto ao TRT pedido o funcionamento integral do metrô. De acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal, o pedido ainda está sendo analisado pelo desembargador Márcio Vidigal.
Segundo a CBTU, no primeiro dia do ato dos metroviários, o metrô transportou 50.180 pessoas durante o pico da manhã. O valor equivale a 25% do total de passageiros diários da companhia. “Cerca de 150 mil pessoas deixaram de ser atendidas nas 19 estações, um prejuízo que equivale a mais R$ 230 mil/dia para os cofres públicos”, disse.
Sobre a decisão dos metroviários de não trabalhar nesta quinta-feira, a CBTU deve se manifestar ainda na tarde desta quarta-feira.