O metrô de BH volta a funcionar normalmente a partir deste sábado, o que é uma boa notícia, já que o meio de transporte é uma opção a mais, diante dos reflexos do movimento dos caminhoneiros, que provocou desabastecimento de combustíveis na capital.
Desde a terça-feira, dia 29, os trens estavam rodando somente pela manhã, das 5h30 às 9h30, já que os trabalhadores cruzaram os braços, diante do impasse na negociação do acordo coletivo da categoria.
Ainda neste mês os usuários do metrô foram surpreendidos com um aumento de 88,8% no preço da passagem, que por quatro dias ficou em R$ 3,40, até que recuou para R$ 1,80, mediante liminar.
A greve dos metroviários começou na última terça-feira, em meio à redução de viagens de ônibus em BH e à falta de gasolina nos postos de combustíveis, o que agravou a situação de quem precisou se deslocar pela cidade.
Mesmo depois de estabelecida escala mínima de funcionamento pelo desembargador Márcio Vidigal, vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT/MG), na quarta-feira, o serviço não voltou à normalidade no feriado do dia seguinte, com estações fechadas durante todo o dia. Ontem houve atendimento apenas pela manhã.
Em assembleia da categoria realizada no fim da manhã de ontem, cerca de 300 metroviários rejeitaram a proposta de mediação apresentada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), por entenderem que ela retira direitos inscritos nos acordos coletivos da categoria ao longo de mais de uma década.
Porém, segundo o diretor jurídico do Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais (Sindimetro-MG), Robson Zeferino Gonçalves, os trabalhadores decidiram voltar ao trabalho depois que o TST marcou o julgamento do dissídio de 2017 da categoria para o dia 11 próximo.
Os metroviários reivindicam o retorno das negociações salariais. A última proposta da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) não foi aprovada por eles. Segundo Gonçalves, na próxima terça-feira, dia 5, haverá nova audiência dos trabalhadores, a partir das 17h na Estação Central, com o objetivo de acompanhar os desdobramentos da decisão tomada junto ao TST e à CBTU.
Na quarta-feira, o desembargador Márcio Vidigal deferiu a liminar pedida pela CBTU e determinou o retorno das operações do metrô.
O presidente do Sindimetro-MG, Romeu Machado, afirmou na madrugada da quinta-feira que a entidade não havia sido notificada. Mesmo com a multa, ontem a categoria manteve o horário reduzido pela manhã.
Segundo Robson Gonçalves, a categoria reivindica a reposição pelo INPC de 2017/2018, em torno de 4,9%.
“Em julgamento do TST, foi sugerido índice de reajuste de 3,98%. Já a CBTU, não oficialmente, sugeriu 80% do INPC de 2017/2018, que representa 3,26% de aumento.
O mês de maio, para os usuários do metrô, começou com com o anúncio da CBTU, no dia 7, de que a tarifa saltaria de R$ 1,80 para R$ 3,40, reajuste de 88,8%, o mais alto do serviço até então.
A companhia justificou que o índice representava a recomposição dos últimos 12 anos, período em que não houve aumento da passagem. Porém, a Justiça mineira suspendeu liminarmente o ato que determinou a alta, no dia do reajuste. Porém, somente depois de quatro dias a tarifa retornou ao valor anterior. O caso está em análise pela Justiça federal.
Quadro de horários estabelecido em BH
A BHTrans divulgou ontem nota informando que o sistema de transporte coletivo de Belo Horizonte volta a operar normalmente a partir de hoje. Os quadros de horários do ônibus da capital podem ser consultados no portal da prefeitura (pbh.gov.br/bhtrans, no ícone Meu ônibus) ou no aplicativo SIU Mobile BH, disponível para Android e IOS (siumobile.com.br).
Ainda de acordo com a empresa, amanhã haverá operação especial de trânsito para atender ao concurso público da Copasa, das 8h às 14h30.
As provas serão aplicadas na PUC (câmpus Coração Eucarístico, São Gabriel e Barreiro), colégios Santa Maria do Coração Eucarístico, Nova Suíça e Floresta, Centro Universitário Newton Paiva (câmpus Buritis, Carlos Luz, Marechal Foch e Silva Lobo), Universo, câmpus A1 e A2, Fumec, escolas estaduais Odilon Behrens, Bueno Brandão e Pandiá Calógeras e UFMG.