A forma como o belo-horizontino estaciona seu veículo em vagas públicas vai mudar depois de 50 anos da publicação da lei que criou o faixa azul, com a gradativa substituição dos tradicionais talões por aplicativo, que deverá ser lançado na semana que vem.
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Presidente da BHTrans explica ao EM como funcionará aplicativo de faixa azulPlacas de Faixa Azul já avisam sobre uso de crédito por aplicativoBelo Horizonte vai ganhar mais oito radares controladores de velocidadeCarro com câmera que 'lê' placas: veja ideia da BHTrans para fiscalizar rotativoInício do rotativo digital depende da oferta de créditos e Faixa Azul para vendaDecreto libera uso de rotativo digital a partir de terça-feira Decreto regulamenta funcionamento do rotativo digital em BHFiscalização de estacionamento rotativo continua suspensa na capitalRotativo via celular veta 'reuso' de vaga nas ruas de Belo HorizonteBelo Horizonte é a quarta cidade mais conectada do BrasilPlacas de estacionamento rotativo já começam a receber instruções sobre o novo método. A mudança poderá, ainda, trazer de volta para as ruas os agentes da BHTrans, uma vez que sua atuação não levará diretamente a autuações, o que tinha sido vedado em 2009 pela Justiça, devido ao fato de a empresa de transporte e trânsito municipal ter capital privado em sua composição.
A informação de que os agentes da BHtrans poderão voltar a autuar nas ruas por meio da conferência eletrônica dos veículos estacionados ainda não é admitida pela empresa, mas fontes do setor indicam esse movimento, que careceria de um calçamento jurídico. O próprio prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, chegou a declarar no ano passado sua intenção de tornar a BHTrans uma autarquia municipal, conseguindo, assim, reaver essa função perdida na Justiça.
De acordo com o diretor-presidente da empresa, o novo sistema de faixa azul entrará em atividade e o antigo desaparecerá gradualmente durante um período transição, mas ainda poderá ser utilizado indefinidamente, como ocorreu com os vales-transportes de papel. “O talão terá uma vida cada vez menor. Quem o tem, não vai perder”, afirma Bouzada. “Esperamos, com isso, facilitar a vida do cidadão. Hoje, temos de nos deslocar até um posto de venda antes de estacionar. Com o novo método, as pessoas estacionam e acionam o aplicativo, ganhando mais agilidade”, afirma. Por ora, a fiscalização do faixa azul está suspensa até mesmo pela Guarda Municipal e a Polícia Militar.
PAGAMENTO No Diário Oficial do Município, as funções do novo sistema indicam a liberação da vaga por conferência de posicionamento por GPS e conferência pela placa do veículo. Os pagamentos seriam feitos por cartão bancário num aplicativo que pode ser descarregado nos smartphones dos sistemas IOS e Android, os mais populares do mundo. O revezamento de vagas eletrônico por aplicativo terá fiscalização feita por meio de smartphones portados pelos agentes de trânsito. Eles serão capazes de verificar a validade do estacionamento de cada veículo, conferindo simplesmente a sua placa com o aparelho. “Será uma conferência muito prática e transparente, sem a interferência do fiscal”, disse Bouzada.
A medida permitirá, também, barrar os negócios paralelos muitas vezes promovidos por flanelinhas, como fraudes de colocação do faixa azul. Os clandestinos costumam receber por mês dos clientes e posicionar o rotativo apenas quando a fiscalização se aproxima, gerando perda de receita e o não funcionamento do revezamento de vagas. “Uma das nossas intenções é também acabar com a extorsão feita pelos flanelinhas – que em muitas oportunidades achacam os condutores, cobrando preços exorbitantes pelas vagas e pelos talões que vendem.
FRAUDES Outra prática a ser combatida é a de renovação dos créditos sem o revezamento, uma vez que que os motoristas receberão mensagens telefônicas alertando para o fim de seus créditos, informou o presidente da BHTrans. Mas, apesar de a supressão do faixa azul significar redução de gastos com impressão, logística de distribuição e evasão de divisas devido às fraudes, Bouzada disse que isso não implicará diminuição do preço do serviço de revezamento de vagas.
“Na realidade, no aspecto de negócio, vamos trocar de custos. Porque o novo aplicativo usa transações bancárias eletrônicas que têm taxas fixas e outras sobre o valor. Então, não tem uma vantagem do ponto de vista financeiro, mas, sim de serviços ao cidadão”, disse. O aplicativo será escolhido por meio de chamamento público, disse Bouzano.
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