A onda de ataques a veículos e imóveis em Minas Gerais, que vai completar uma semana no próximo domingo, registrou novos episódios na noite de quinta e madrugada desta sexta-feira. Os ataques foram registrados novamente no Sul de Minas, Triângulo, Vale do Rio Doce e na capital mineira, onde o terceiro ônibus foi incendiado. Ao todo, 38 cidades já registraram casos.
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Polícia intensifica caçada aos líderes da série de ataques em MinasDobra número de mortes por gripe em Minas GeraisPresos suspeitos de participar de sequestro e roubo a banco em PapagaiosÔnibus incendiado no Bairro Maria GorettiGaeco desencadeia operação contra criminosos ligados ao PCC no Sul de MinasÔnibus de BH podem reduzir horário de circulação por causa de ataquesPolícia apreende fuzil russo e galões de combustível escondidos em Contagem Polícia Federal faz operação contra facção criminosa em UberabaDurante as comemorações de aniversário de 243 anos da Polícia Militar, na academia da corporação, no bairro Prado, Oeste de BH, o governador Fernando Pimentel declarou que não vai ceder aos atentados nem negociar com os criminosos. "Não vamos ceder a esses ataques covardes e incidiosos de uma organização criminosa forasteira.
Veja as últimas ocorrências registradas no estado:
Belo Horizonte
Um coletivo da linha 8207 (Maria Goretti/Estrela Dalva) foi incendiado pouco depois das 23h dessa quinta na Rua Maria das Graças, Bairro Maria Goretti, Região Nordeste de Belo Horizonte. Segundo a Polícia Militar, o veículo estava no ponto final quando um homem chegou com um recipiente cheio de gasolina, mandou o motorista recolher seus pertences e sair. Logo em seguida, ele ateou fogo ao coletivo com um isqueiro. Ele estava com um comparsa no local. As chamas atingiram a rede elétrica. Até o momento ninguém foi preso.
A Cemig informou que foi preciso desligar a energia elétrica de 60 consumidores no trecho onde o ônibus foi incendiado. O trabalho será complexo, pois será necessária a recomposição de toda a rede atingida pelo fogo, assim como a troca de postes e cruzetas. Assim, a previsão é a situação seja normalizada somente no fim da tarde desta sexta.
Por volta das 9h50, o técnico de operações de trânsito da BHTrans, Carlos Xavier, disse que o ônibus já havia sido retirado da rua, mas o quarteirão precisou ser interditado para os trabalhos da Cemig e das operadoras de telefonia móvel, já que o incêndio também comprometeu os sinais de celulares no bairro. Xavier pediu reforço da Guarda Municipal para evitar o estacionamento irregular na via. Por conta disso, hoje, o ponto final da linha 8207 foi transferido para a Rua Francelina Alves de Miranda.
O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH) lembra que com este já são 11 ônibus do transporte da capital incendiados em 2018. Na noite de 3 de junho, um veículo da linha 609 (Serra Verde/Santa Mônica) foi incendiado na Rua Érico Veríssimo, no Bairro Santa Mônica. Na madrugada seguinte, um ônibus da linha 1505 (Alto dos Pinheiros/Tupi) foi incendiado no ponto final na Rua João Avelino Pereira, Bairro Califórnia. Na quarta-feira, dia 6, um ônibus de BH (616 – Estação Pampulha/Céu Azul C) foi incendiado por três homens em Ribeirão das Neves, na Grande BH, quando era recolhido à garagem.
O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH) lembra que com este já são 11 ônibus do transporte da capital incendiados em 2018. Na noite de 3 de junho, um veículo da linha 609 (Serra Verde/Santa Mônica) foi incendiado na Rua Érico Veríssimo, no Bairro Santa Mônica. Na madrugada seguinte, um ônibus da linha 1505 (Alto dos Pinheiros/Tupi) foi incendiado no ponto final na Rua João Avelino Pereira, Bairro Califórnia. Na quarta-feira, dia 6, um ônibus de BH (616 – Estação Pampulha/Céu Azul C) foi incendiado por três homens em Ribeirão das Neves, na Grande BH, quando era recolhido à garagem.
Frutal, Triângulo Mineiro
Tupaciguara, Triângulo Mineiro
O município de Tupaciguara, no Triângulo, foi vítima de uma segunda onda de ataques furtivos a equipamentos de serviços públicos. Na madrugada de hoje (08), dois tratores da prefeitura foram incendiados. Ninguém foi preso e os criminosos não deixaram nada que pudesse ligar esse ataque à série que vem ocorrendo no estado. A polícia investiga se há alguma relação. No domingo (3), três ônibus que eram usados diariamente para o transporte de trabalhadores foram incendiados dentro do terminal rodoviário, que também acabou danificado. Os veículos estavam num estacionamento de serviços da Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte. Servidores públicos e policiais ajudaram a extinguir as chamas, auxiliados por um caminhão-pipa, impedindo que os veículos fossem destruídos.
Passa Quatro, Sul de Minas
Itanhandu, Sul de Minas
Na madrugada desta sexta-feira, policiais abordaram um homem que foi visto correndo em direção a um posto de combustíveis na Rua João Léo. Segundo a PM, ele segurava um galão com dois litros de gasolina e disse que estava indo ao estabelecimento buscar mais combustível para seu carro, um Ford Escort com placas de Passa Quatro, onde estaria na companhia de outras três pessoas. Quando os policiais ligaram para a PM de Passa Quatro para conseguir mais informações do suspeito, foram informados que um ônibus estava em chamas na garagem da prefeitura de Itanhandu. As chamas foram contidas por funcionários com a ajuda de um hidrante. O homem foi detido e o carro apreendido.
Caratinga, no Vale do Rio Doce
Em Caratinga, no Vale do Rio Doce, o posto de fiscalização da BR-116 sofreu um atentado com coqueteis-molotov, nesta madrugada (08). De acordo com informações de agentes que não têm autorização para falar pela corporação, um veículo que transitava sem despertar suspeitas passou em frente ao posto e de seu interior criminosos atiraram duas garrafas com líquido combustível e pavios acesos.
O fogo se alastrou pela parte frontal do posto e chegou a atingir uma cadeira dentro das instalações de segurança. As chamas foram controladas pelos agentes de plantão. Os suspeitos desse atentado conseguiram fugir. A assessoria de imprensa da PRF informou que não comentará o caso por "motivos de segurança institucional".