Jornal Estado de Minas

Comissão parlamentar sugere construção de áreas de escape no Anel Rodoviário para evitar desastres

A Comissão Especial de Estudo sobre o Anel Rodoviário, da Câmara Municipal de Belo Horizonte, anunciou hoje que vai recorrer à Via 040, concessionária que cuida do trecho, para viabilizar a implantação de áreas de escape para caminhões e carretas sem freios na via, na descida entre os bairros Olhos D'água e Betânia, como forma de minimizar os riscos de acidente. Uma visita técnica já foi agendada para o próximo mês à empresa, que pertence ao grupo Investimentos e Participações em Infraestrutura (Invepar).

A iniciativa, porém, pode não ter boa acolhida, já que em setembro do ano passado, a Via 040 anunciou sua adesão ao processo de relicitação, que a exime do compromisso de realizar obras de infraestrutura no trecho entre Brasília (DF) e Juiz de Fora (MG). Dos 700 quilômetros que a empresa deveria duplicar em cinco anos, apenas 73 receberam as intervenções propostas no contrato de concessão em pouco mais de três anos. A Via 040 segue operando de forma a garantir a segurança e atendimento 24 horas aos usuários, até a conclusão do processo de relicitação.

Instalada em abril de 2017, a Comissão Especial de Estudo sobre o Anel Rodoviário busca avaliar e propor soluções contra o alto índice de acidentes registrados no Anel Rodoviário, uma das mais violentas de Belo Horizonte. Na semana passada, foi fechado relatório contendo sugestões para o enfrentamento do problema e, nesta terça-feira, o colegiado aprovou a realização da visita técnica à Via 040, em 13 de julho próximo. Também foi aprovada pela comissão a solicitação de cópia de processos do Ministério Público Federal relativos ao anel.

Segundo o vereador Irlan Melo (PR), que requereu a visita técnica, a construção de áreas de escape deu excelentes resultados no sul do país, onde a empresa que administra o Anel de Integração do Paraná (trecho que liga Curitiba ao litoral) adotou a estratégia.
Segundo o parlamentar, desde sua instalação, o recurso de segurança foi utilizado quase 700 vezes, o que evitou prejuízos materiais e contribuiu para preservar centenas de vidas.

A proposta é de que a visita permita aos parlamentares avaliar com a concessionária a possibilidade de construção de áreas de escape, bem como compreender os aspectos técnicos implicados nas obras. 
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