Jornal Estado de Minas

Campanha de vacinação contra gripe é prorrogada; Minas tem 23 mortes


A baixa procura pela vacina levou o Ministério da Saúde a prorrogar a campanha de vacinação contra a gripe. A ação, que acabaria no dia 15, vai agora até o dia 22. É a segunda vez neste ano que o prazo é estendido. Na primeira, a prorrogação deveu-se à paralisação dos caminhoneiros. O número de pessoas infectadas pelo vírus Influenza mostra a importância de as pessoas procurarem a imunização. Em Minas Gerais, já são 23 mortes registradas e 105 pessoas infectadas.

As doses estão disponíveis, gratuitamente, em todas as unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Podem receber a vacina pessoas a partir de 60 anos; crianças de seis meses a 5 anos; trabalhadores de saúde; professores das redes pública e privada; povos indígenas; gestantes; puérperas (até 45 dias após o parto); pessoas privadas de liberdade, inclusive adolescentes e jovens de 12 a 21 anos em medidas socioeducativas; além dos funcionários do sistema prisional.


A cobertura vacinal em Minas Gerais ainda está abaixo da meta. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG) até a última quinta-feira, último dado divulgado pela pasta, 80,5% do público-alvo já tinham recebido a vacina. O objetivo é vacinar 90% do contingente formado por cerca de 5 milhões de mineiros.  Em Belo Horizonte, até o momento, 715.684 pessoas receberam a vacina, o que representa 87,7% do público prioritário.

O motivo principal para prorrogar a campanha é a baixa procura pelas vacinas. Em todo o país, apenas 77% do público-alvo foi vacinado. O número é considerado baixo. O Ministério da Saúde pretende imunizar 54 milhões de pessoas.
Desde o início da campanha, em 23 de abril, 42,6 milhões de pessoas foram vacinadas.

A Região Sudeste é a que tem menor cobertura até agora: 71% do público prioritário foi protegido. Na sequência, estão Norte (72%), Sul (81,3%), Nordeste (84%) e Centro-Oeste (91,4%). Em estados como Roraima, Rio de Janeiro, Rondônia e Rio Grande do Sul, a baixa cobertura vacinal é ainda mais preocupante. Neles, os percentuais chegam a 53,59%, 57,29%, 70,91% e 77,82%, respectivamente. Apenas Goiás, Amapá e Ceará ultrapassaram a meta de 90%.

Casos em Minas


Antes mesmo da chegada do inverno, período de maior incidência da  Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) provocada pela influenza, Minas Gerais já registra dezenas de mortes. Dados divulgados pela SES/MG mostram que 23  pessoas perderam a vida neste ano devido à gripe. O relatório, referente à 22ª semana epidemiológica, mais do que dobra o número de óbitos do penúltimo levantamento, divulgado no início da semana passada, no qual 11 mortes haviam sido registradas pelo governo estadual.
Até aqui, foram 105 casos da síndrome provocados pelo vírus Influenza nos municípios mineiros. O vírus H3N2, que provocou epidemia de gripe nos Estados Unidos, foi responsável pelo maior número de casos e divide com infecções pelo Influenza A não subtipado o recorde de mortes. .