Jornal Estado de Minas

Preso em SP membro de quadrilha que enviava drogas em granito de Minas para Europa


Mais um integrante de uma quadrilha especializada em tráfico internacional de drogas que agia em Belo Horizonte e em Nova Lima, na Grande BH, foi preso pela Polícia Federal (PF). O homem, que tem nacionalidade colombiana, foi encontrado em São Paulo. Os agentes contaram com a ajuda da Polícia Nacional da Colômbia para identificar o local onde o procurado se encontrava. A organização criminosa era investigada desde 2016.

A prisão do colombiano, que não teve o nome divulgado, aconteceu nesta quinta-feira. Com as informações colhidas pela PF e a polícia colombiana, agentes conseguiram encontrar o homem em São Paulo. Ele estava com a prisão preventiva decretada pela Justiça Federal. O preso será transferido para Belo Horizonte.





As investigações contra a quadrilha foram iniciadas em fevereiro de 2016. Segundo a PF, o grupo alugou imóveis na capital mineira e em Nova Lima e criou uma empresa fictícia. Os agentes identificaram movimentações dos traficantes, a montagem da estrutura e a logística para a exportação da droga. Além de registros de compradores e fornecedores do entorpecente.

A PF identificou a exportação de sete blocos de granito acondicionados em contêineres, que foram enviados para a Espanha, entreposto na Antuérpia, Bélgica. A transação foi feito por meio de portos de Vitória, no Espírito Santo, e no Rio de Janeiro.  A carga foi vistoriada pela polícia belga e foram apreendidos 1.020 quilos de cocaína. A droga estava oculta em dois blocos de granito.


Para tentar enganar a polícia, a quadrilha transferiu os equipamentos e estrutura de logística, da empresa de fachada, para a região metropolitana de Vitória. Os materiais foram colocados em um galpão alugado. Os integrantes da organização deixaram o país, segundo a PF.   Em maio do ano passado, 13 pessoas foram indiciadas pelo crime.

Em junho, o homem apontado como o líder da organização criminosa foi preso em Madri, na Espanha. O criminoso estava na lista vermelha da Interpol e tinha mandado de prisão aberto na Justiça Federal de Belo Horizonte. De acordo com a PF, ele era o responsável por coordenar e supervisar o financiamento das operações de envio e venda de cocaína por meio de contêineres marítimos e aéreos entre países da América do Sul, dentre eles o Brasil, para a Europa.

Investigações da Polícia Nacional da Colômbia apontam que o criminoso mantinha relações com facções do clã do Golfo e Cordilleram, coordenando o embarque e comercialização de cocaína por meio de portos, para a venda aos carteis da Espanha, Bélgica e Itália. Ainda conforme a PF, o homem obteve uma documentação falsa para deixar a Espanha com destino á Itália. No país, o criminoso continuaria coordenado a venda de cocaína com traficantes na Bolívia, Peru e Brasil..