Depois de sete meses do início dos trabalhos, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) conseguiu realizar o manejo de 50% das capivaras que vivem no entorno da Lagoa da Pampulha. A informação foi confirmada na tarde desta quinta-feira pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Os serviços tiveram início em novembro do ano passado. A expectativa da administração municipal é intensificar os trabalhos e terminar a esterilização dos animais em outubro. A ação é importante para evitar o contágio da febre maculosa – doença transmitida pelo carrapato-estrela, que tem na capivara um dos hospedeiros.
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Manejo das capivaras da Pampulha começa na próxima semana, diz PBHIbama libera manejo de capivaras da PampulhaPBH começa a preparar bloco cirúrgico onde capivaras da Pampulha serão esterilizadas Manejo das capivaras da Pampulha é passo importante contra a febre maculosa em BHPrefeitura termina manejo das capivaras da Lagoa da PampulhaAs capivaras passaram por um procedimento cirúrgico para a esterilização (ligadura de trompas nas fêmeas e vasectomia nos machos). Depois, receberam a aplicação de carrapaticida no corpo e receberam um microchip, que foi inserido sob a pele. No pós-operatório, recebem medicação para dor e antibióticos. Recuperadas, retornam para a orla da lagoa.
A estimativa da Secretaria Municipal de Meio Ambiente é que existam entre 65 a 70 capivaras no entorno da Lagoa da Pampulha. O número pode variar, pois pode haver animais que estão esperando filhotes. A expectativa é terminar o trabalho até outubro deste ano.
Febre maculosa
O trabalho de manejo das capivaras é importante para a proteção contra a febre maculosa. Os animais servem de hospedeiros para o carrapato-estrela, transmissor da doença. Neste ano, já foram registrados sete casos da moléstia, sendo que dois pacientes morreram. Em 2017, foram 34 confirmações, e 18 óbitos.
O período seco, compreendido entre junho e novembro, é quando acontece o maior número de casos da enfermidade. Por causa disso, alguns cuidados devem ser tomados pelos moradores.
Os sintomas comuns da doença são febre, dor de cabeça, dores musculares, mal-estar, náuseas e vômitos. Em alguns casos, pode ocorrer uma erupção cutânea, frequentemente com pele escurecida ou incrustada no local da picada do carrapato. .