A animação de alguns para ver a Seleção Brasileira entrar em campo contrastou com a irritação de outros. O autônomo Heliendel Rodrigues, de 24 anos, passou em uma lanchonete do Centro de Belo Horizonte para tomar café antes de ir acompanhar um show no Mineirão da torcida da Copa, mas fez questão de dizer que ia só para ver a cantora Isa. “Nem queria que o Brasil passasse, porque aí vai entrar eleição e uma coisa dessas vai é desviar o foco”, disse.
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Centro de BH muda rotina para ver vitória sofrida do BrasilBelo-horizontino troca café da manhã por cerveja para ver o Brasil na Copa 2018Sexta feira amanheceu com cara de feriadoBelo Horizonte tem sexta-feira com folga pela metade devido a jogo do BrasilA amiga de Heliendel, a estudante Stefany Sueli, de 20, está no meio termo. "Para mim, tanto faz", disse. Pessoas que transitavam pelo Centro em meio à transmissão do jogo também mostraram pouco apreço pelo jogo. “Bando de gente boba”, esbravejou um senhor que passava pela Rua dos Carijós.
Mais o que fazer
Menos radical, a aposentada Maria Terezinha Machado, de 62, aproveitou a carona do filho para ir à agência da Caixa Econômica Federal na Região Central da capital tentar saber se tem direito a sacar recursos do PIS/Pasep. Deu de cara com a agência fechada. Ela disse que não está ligando muito para os jogos.
“O pessoal está muito revoltado depois dessa greve dos caminhoneiros, tem muita gente decepcionada com o Brasil. Eu só gosto de Copa mais no final, que dá para torcer”, disse.
Maria Terezinha disse que a Seleção de Tite também não empolga muito. “Este ano acho que não chega no final não. Mas, quando a gente acha que não chega, às vezes é que chega.
O vendedor Anderson Davidson, de 31, que também estava na porta aguardando para saber do benefício, aproveitou para ver partes do jogo na televisão da cervejaria. “Não estou achando muito bom, mas tem que torcer. A gente fala que está ruim, mas quando vê uma televisão ligada, acaba olhando”, brincou. .