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Após ataque e ameaça, ônibus deixaram de atender em três estações de BHÔnibus do transporte público é incendiado em Venda NovaÔnibus de BH podem reduzir horário de circulação por causa de ataques"Foi um grande susto. Disseram que queriam apenas queimar o ônibus", diz motoristaÔnibus é queimado no Venda Nova e viagens na região são suspensas mais cedoForça-tarefa identifica 22 presos que ordenaram ataques a ônibus em MinasBombeiros utilizam drone e helicóptero em simulado de incêndio no prédio da CemigPM apela à população para denunciar autores de incêndios a ônibus e amplia buscasIncêndio atinge 20 carros e 10 motos em pátio do Detran na Grande BHPM prende homem apontado como o mandante de ataques a ônibus em BHO resultado foi o corte do serviço entre fim da noite de terça e madrugada de hoje em três estações: Pampulha, Venda Nova e Vilarinho. “O que decidimos internamente ontem é que caso a gente veja que há risco iminente de novos incêndios, de por em risco uma região ou uma linha com a queima de veículos, nós iremos recolher os coletivos até a situação acalmar e voltar com o dia claro. Serão recolhidos os veículos daquela linha, daquela região. Nós vamos medir junto com a PM, Guarda Municipal e prefeitura o grau de risco da situação, como foi ontem.
O sindicato já havia feito um comunicado semelhante em 8 de junho. Na ocasião, a entidade informou que poderia paralisar os serviços durante o fim das noites e madrugadas em que houvesse risco. Naquela ocasião, porém, a BHTrans respondeu que existe um contrato que rege o serviço e precisa ser respeitado. Dessa vez, o próprio prefeito Alexandre Kalil admitiu essa possibilidade. “ Isso se tornará a rotina na vida do belo-horizontino, porque o poder público não pode obrigar as empresas a colocarem um aumento de frota na rua para ser incendiado. Então é um problema que a comunidade vai ter que tomar conta junto com a Polícia Militar e com a Guarda Municipal, que a comunidade vai ter que denunciar”, diz Kalil.
O presidente da BHTrans, Célio Freitas, voltou a citar a necessidade de respeito ao contrato de prestação do serviço, mas admitiu que cada caso será avaliado de forma individual, pois é uma orientação do prefeito acompanhar o assunto de perto para não penalizar a frota e prejudicar ainda mais a população.
REUNIÃO PARA TRATAR DOS ATAQUES Os dois últimos episódios de ataques aos coletivos, ambos na Região de Venda Nova, motivaram uma reunião entre o prefeito e o governador Fernando Pimentel (PT), acompanhados do comando da Polícia Militar e da Guarda Municipal.
Entre as ações que serão colocadas em prática pela Polícia Militar está um maior refino das informações que chegam ao Disque Denúncia pelo número 181. Conforme o coronel Helbert Figueiró de Lourdes, comandante-geral da PM, todas as informações que chegarem ao 181 relacionadas à queima de ônibus ou ao risco de incêndios terão uma destinação especial, com o objetivo de agir mais rapidamente para evitar os casos. Além disso, também serão intensificados patrulhamentos nos itinerários de maior incidência criminal por onde passam os coletivos.
MAIORIA DOS PRESOS NÃO FICAM NA CADEIA O coronel destaca que de janeiro a 27 de junho deste ano foram 14 casos, contra 20 no mesmo período do ano passado. O perfil desses ataques, segundo o comandante-geral, está ligado a reações de bandidos às ações desenvolvidas pela polícia. “Essas queimas de ônibus decorrem de uma postura de retaliação da criminalidade em face de alguma intervenção policial”, afirma.
Figueiró garantiu que a PM vai intensificar as abordagens, mas admitiu grande dificuldade de combater esse crime uma vez que 68 incendiários de coletivos foram presos de janeiro de 2016 a junho de 2018 e 58 estão soltos, o que mostra que a prisão dos criminosos não é suficiente para mantê-los atrás das grades. .