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Estado de Minas

PM prende homem apontado como o mandante de ataques a ônibus em BH

De acordo com a PM, ele é um dos líderes do tráfico de drogas na Vila Mãe dos Pobres, em Venda Nova. Aproximadamente 50 quilos de maconha foram apreendidos, além de uma arma de fogo que pode ter sido usada em um dos ataques


postado em 27/06/2018 15:38 / atualizado em 27/06/2018 16:06

Desde a manhã de terça-feira, dois ônibus foram incendiados em BH(foto: Reprodução/Internet)
Desde a manhã de terça-feira, dois ônibus foram incendiados em BH (foto: Reprodução/Internet)

O homem apontado pela Polícia Militar (PM) como o mandante da queima de dois ônibus na Região de Venda Nova, em Belo Horizonte, foi preso na tarde desta quarta-feira. De acordo com o capitão Bonacorsi, os ataques teriam sido cometidos em represália a ações policiais na Vila Mãe dos Pobres contra o tráfico de drogas. O preso seria um dos líderes na venda de entorpecentes na comunidade. Foram apreendidos aproximadamente 50 quilos de maconha e uma pistola de mesmo calibre da arma usada por criminosos em um dos incêndios. O homem preso, conhecido como Dedé, nega os crimes.

Os levantamentos da PM para encontrar os criminosos começaram ainda na manhã de terça-feira, logo depois que um dos veículos foi queimado. “Já tínhamos informações de que Dedé seria o principal suspeito. Ele emitiu ordens para o ataque devido a represálias às ações contra o tráfico de drogas no aglomerado”, explicou o capitão.

Durante buscas na tarde desta quarta-feira, os militares conseguiram encontrar Dedé em um imóvel da comunidade. “Ele ficou bastante exaltado e negou todos os fatos. Mas tanto a comunidade quanto os policiais militares o apontam como o chefe do tráfico de drogas na região”, disse o capitão. Foram encontradas no local 36 barras de maconha, que pesaram aproximadamente 50 quilos.

Além disso, uma arma apreendida pode ser uma das principais provas que ligam o homem aos ataques. “Apreendemos uma pistola 765, mesmo calibre da arma utilizada pelos criminosos em um dos ataques. Na ocasião, uma das pessoas envolvidas ameaçou o motorista e chegou a dar um tiro para o alto. O cartucho deflagrado foi encontrado”, afirmou Bonacorsi. O material apreendido e o homem preso foram encaminhados para a Central de Flagrantes da Polícia Civil (Ceflan 4).

Na operação, foram apreendidos aproximadamente 50 quilos de maconha e uma arma de fogo(foto: Polícia Militar / Divulgação)
Na operação, foram apreendidos aproximadamente 50 quilos de maconha e uma arma de fogo (foto: Polícia Militar / Divulgação)


Os ataques


O primeiro ataque aconteceu na manhã de terça-feira, um veículo da linha 640 (Estação Venda Nova/Jardim Leblon) foi incendiado por pelo menos seis homens na Rua Cônego Trindade, no Bairro Jardim Leblon, Região de Venda Nova. Um deles estava armado e rendeu motorista e passageiros.

À noite, por volta das 20h, outro coletivo foi alvo de ataque. Segundo a Polícia Militar (PM), o motorista da linha 615 (Estação Pampulha/Céu Azul B) disse que seguia pela Rua Radialista Mário Batista, no Bairro Céu Azul, quando um homem deu sinal para embarcar. Em seguida, pessoas usando toucas 'ninja' e camisas na cabeça se aproximaram do coletivo e mandaram todos descerem, dizendo que colocariam fogo no veículo.

Eles espalharam um líquido inflamável na parte de trás do ônibus e começaram o incêndio. Depois, fugiram para o Aglomerado Mãe dos Pobres. Conforme a PM, o motorista usou um extintor para apagar as chamas. Um morador usou uma mangueira para ajudar. O caso foi registrado na 2ª Delegacia de Polícia de Venda Nova. Até o momento, nenhum suspeito do ataque foi preso.

Os ataques levaram transtornos para os usuários do transporte coletivo. Algumas linhas deixaram de atender as estações BHBus Venda Nova, Vilarinho e Pampulha. De acordo com a BHTrans, a situação ocorreu entre 23h de terça-feira e 5h desta quarta-feira. Passageiros reclamaram da situação nas redes sociais.

Horários podem ser reduzidos


Novos ataques aos coletivos podem trazer mais transtornos para a população. O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra/BH), Joel Paschoalin, ameaçou, pela segunda vez no mês, a interromper o serviço em determinada região ou linha da cidade. A possível paralisação foi ratificada pelo prefeito de BH, Alexandre Kalil (PHS).


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