O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje uma pesquisa inédita sobre população vivendo em situação de risco de desastre no Brasil. Em Minas Gerais, dados comprovam um cenário de preocupação: o estado tem 1.377.577 habitantes vulneráveis, o segundo maior no país, em 139 municípios monitorados. O número é inferior somente ao do estado de São Paulo, com 1.521.386 pessoas em áreas de riscos.
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Em número bruto de habitantes expostos, Belo Horizonte está em quarto lugar entre os municípios brasileiros, atrás de Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro. Na capital, 389.218 habitantes em áreas de risco (16,4% da população total).
Os números foram obtidos por meio de um cruzamento de dados do mapeamento de áreas de risco, realizado pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN), e do Censo Demográfico 2010 do próprio IBGE.
Dessa maneira, se criou o conceito de Base Territorial Estatística de Áreas de Risco (BATER). Trata-se de um conjunto de recortes espaciais – definidos especificamente para permitir a associação dos dados demográficos do Censo 2010 às áreas de risco existentes no banco de dados do CEMADEN.
Para determinar o que é ou não área de risco, o IBGE considerou locais onde fenômenos naturais, como chuvas, são capazes de provocar condições adversas.
No Brasil, a pesquisa mapeou 27.660 áreas de risco em 872 municípios monitorados. Neste contingente, se detectou 8.270.127 habitantes em perigo. A maior atenção fica por conta da Região Sudeste, onde 4.266.301 pessoas estão desamparadas nas 308 cidades estudadas.