Já está na Câmara Municipal de Belo Horizonte o substitutivo do projeto do novo Plano Diretor da capital mineira, que precisa passar pelo crivo dos vereadores de BH antes de alterar as regras da ocupação da cidade. O documento, que pretende descentralizar o adensamento urbano, ficou três anos parado no Legislativo e agora a expectativa da Prefeitura de BH é que o processo ande, já que a Secretaria Municipal de Política Urbana simplificou vários procedimentos e enviou ontem novo projeto.
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Segundo a secretária municipal de Política Urbana, Maria Caldas, depois que as diretrizes para o desenvolvimento e adensamento da cidade foram aprovadas na conferência de 2014, o texto do novo plano diretor foi enviado à Câmara em 2015, mas não houve avanços. Com a mudança de governo, a administração municipal passou um ano e meio estudando o projeto e entendeu que muitas normas poderiam ser simplificadas. A principal é a facilitação do registro de residências unifamiliares, que passam a ter que respeitar prioritariamente o recuo frontal e uma área mínima de permeabilização, sem uma série de necessidades que configuravam excessos, na avaliação da secretária.
O novo plano diretor cria dois fundos, que passarão a receber recursos oriundos dos empresários pelo direito de construir acima do número de metros quadrados do lote.
“Essa nova estrutura propõe que a maior parte da população se localize mais próxima dos eixos de transporte. Isso diminui a necessidade de deslocamento das pessoas.
Entenda a outorga onerosa
Hoje, quando o empreendedor quer construir algum imóvel ele compra um lote pelo valor relacionado à capacidade construtiva desse terreno. O dinheiro dessa compra vai para o dono do lote, que normalmente lucra em cima da especulação e não gera nenhum benefício para a cidade.
Se o plano diretor for aprovado, o dono do lote vai receber sempre pelo coeficiente construtivo 1. Esse coeficiente significa que o empreendedor só pode construir a quantidade de metros quadrados igual ao tamanho do lote. O direito de construir além desse limite será vendido pela prefeitura, de acordo com os limites de cada região, que vai reinvestir os recursos em obras de melhorias urbanas.