Palco de shows, referência turística, ponto de encontro, pista de cooper e de caminhadas, um dos principais cartões-postais de Belo Horizonte entra neste fim de semana em uma programação bem diferente. A partir de amanhã, a Praça da Liberdade será fechada ao público para obras de revitalização. Tapumes já começaram a ser colocados no local ontem e apenas o passeio da Rua Gonçalves Dias estará liberado para passagem de pedestres. O projeto de recuperação, antecipado pelo Estado de Minas em fevereiro, está orçado em R$ 5,2 milhões e será custeado pelo governo de Minas, prefeitura da capital e mineradora Vale, com previsão de término em novembro. Durante esse período, o trânsito não será alterado, mas vai ser proibido estacionar no entorno da área sob intervenção.
“A nova iluminação trará segurança para o usuário que passa pela praça”, garantiu a presidente do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha), Michele Arroyo. Na reabertura do local, guardas municipais farão a segurança dos visitantes e do patrimônio, por meio de patinetes motorizados (estilo segway) nos horários de pico.
O tradicional coreto terá iluminação interna, da fachada e da cúpula. As fontes luminosas receberão luminárias de LED, assim como as palmeiras, que terão projetores LED para destaque dos troncos e folhas. O sistema de irrigação dos canteiros será substituído e os jardins, requalificados. Serão quase 30 mil unidades de plantas em uma área de 6.154 metros quadrados de grama. Para preservar algumas dessas áreas, haverá uma proteção.
A primeira etapa do projeto teve início em maio, com a poda de árvores e intervenção no sistema de iluminação. A segunda etapa passa pela revitalização do local. Uma terceira fase contemplará a revitalização dos prédios do entorno da Praça da Liberdade, com projeto ainda não divulgado. A expectativa é que o anúncio seja feito no próximo dia 4.
Inaugurada em 1897, junto com Belo Horizonte, a Praça da Liberdade já passou por três reformas. A primeira foi em 1920, em razão da visita dos reis da Bélgica à capital. Nova revitalização foi feita em 1969, e a última restauração é datada de 1991. A praça foi tombada pelo Iepha em 1977, classificada como conjunto monumental do centro cívico do governo de Minas Gerais.