A vitória do Brasil sobre os mexicanos, em Samara, fez muito mais que abrir o caminho para os comandados de Tite enfrentarem a Bélgica nas quartas de final da Copa da Rússia. Aqui, do outro lado do mundo, a Seleção acabou esticando o domingo quando entrou em campo, ontem, às 11h, pelas oitavas de final. Pouco mais de 90 minutos e dois gols depois, decretou também que a semana termina mais cedo para grande parte dos brasileiros, mais precisamente às 15h de sexta-feira, quando Neymar e companhia entram em campo para encarar os belgas.
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Torcida pelo Brasil contra o México em BHVitória do Brasil sobre o México levanta torcida nos bares de BH Nem jogo do Brasil altera a rotina de lotação nas UPAs de BHBH tem mais um dia de trânsito ruim durante jogo do Brasil na Copa do Mundo Confira como vão funcionar os ônibus durante jogo do Brasil, nesta sexta-feira, em BHEsperando público recorde, PM reforça segurança na Savassi e Mineirão para transmissão de Brasil e BélgicaMesmo assim, ontem os bares de pontos como a região central, Barro Preto, Santo Agostinho e Lourdes se prepararam desde as primeiras horas da manhã para receber os torcedores, que aos poucos foram chegando e ocupando mesas e calçadas. Na Rua Mato Grosso, entre a Avenida Augusto de Lima e a Rua Guajajaras, Maria Geralda Castro antecipou o horário de montagem de seu carro de lanches, de meio-dia para as 9h. Precavida, instalou uma TV na calçada e distribuiu mesas até a rua.
Quando começou a batalha na Rússia, as ruas ficaram vazias e os restaurantes e bares, lotados.
Tumulto na rua, torcida na escola
O México em verde-amarelo
Quando o México venceu a Alemanha, na primeira fase da Copa do Mundo, os sismógrafos registraram tremor artificial na Cidade do México, causado pela comemoração dos torcedores nas ruas e praças.
Na rua, não havia sinal de torcedores no momento do jogo, nem brasileiros tampouco mexicanos. O movimento vinha do Bar Tuke, onde muitos torcedores se encontraram. No entanto, o proprietário, Fernando Braz, de 38 anos, acredita que o movimento será maior no jogo de sexta-feira.
Não poderia faltar à decoração do bar da Rua México um sombrero. Mas, para não dar chance ao adversário – nem ao azar –, Fernando tratou de decorá-lo com verde e amarelo.Também não houve espaço para a tequila, o que prevaleceu foi a bebida amada pelos brasucas, a cerveja. “Não dá para assistir sem beber uma cervejinha”, brincou a também proprietária do estabelecimento Neuza Fernandes, de 59.
A cabeleireira Carla Cibele Santos Souza, de 35, apostou no visual e, desde o início do jogo, estava confiante da vitória. Além da camisa canarinho, decorou as unhas com azul, verde e amarelo. “Deu certo nos outros jogos, então pinto sempre”, diz. Carla planejava desenho mais elaborado, caso o Brasil avançasse para as quartas de final.
Em outra região da cidade, na Praça do México, no Bairro Concórdia, confirmou-se que na manhã de segunda não haveria abalos. Não se importando com o fato de a praça ter o nome do adversário, muitos torcedores foram para o Bar e Restaurante Reinar para acompanhar a partida. Com o retrospecto de outras seleções, como Argentina e Espanha, que sucumbiram nas oitavas de final, os brasileiros estavam cautelosos. A comemoração de peito aberto só veio mesmo depois do segundo gol, do atacante Firmino. “Estava esperando mais da Seleção. Pensei que o Brasil ganharia fácil”, afirmou o advogado Adelmo de Oliveira, de 55. Ao fim do jogo, enfim, ele pôde comemorar. Que venham os belgas.