Organizações criminosas que atuam no país e vinham criando ramificações em Minas Gerais sofreram um duro golpe com a prisão de 170 de seus chefes locais durante a operação denominada O Regresso, realizada em conjunto pelas polícias Civil e Militar e o Ministério Público do estado. Os alvos da ação são integrantes das quadrilhas envolvidas nos ataques a caixas eletrônicos e também atentados, como incêndios criminosos em agências bancárias e ônibus, entre outros. O monitoramento dos bandidos, todos de alta periculosidade, teve início há três meses, pelos serviços de inteligência dos órgãos envolvidos.
Segundo as autoridades envolvidas, são criminosos de alta periculosidade e reincidentes do sistema prisional que estavam foragidos, e, por isso, a denominação O Regresso para trás das grades. Foram cumpridos mandados de prisão em diferentes regiões do estado. Mas não foram divulgadas as cidades nem identidades dos alvos, para não prejudicar as investigações que buscam desarticular outros braços das quadrilhas.
Além de foragidos de presídios, alguns deles que não voltaram após benefícios de saídas temporárias, há autores de roubos, em alguns casos com explosão de caixas eletrônicos, envolvidos em atentados a ônibus e agências bancárias, homicídios, tráfico de drogas e formação de quadrilha. “MP e polícias Civil e PM se uniram há três meses para a identificação dos alvos e, em seguida, para a montagem da operação. São pessoas que já tinham mandado de prisão expedido pela Justiça e que têm grande impacto na segurança pública”, disse coordenador criminal do Ministério Público, Henrique Macedo.
De acordo com Flávio Santiago, chefe da sala de imprensa da PM, as prisões dos criminosos vão refletir de forma “expressiva na redução criminal do estado”. “Vale lembrar que tirar de circulação uma arma de fogo representa coibir de 100 a 150 delitos”, completou. As corporações não informaram o número de apreensões de armas em outros objetos na ação.