Leia Mais
Esperando público recorde, PM reforça segurança na Savassi e Mineirão para transmissão de Brasil e BélgicaConfira como vão funcionar os ônibus durante jogo do Brasil, nesta sexta-feira, em BHCrianças de BH vivenciam a primeira Copa como descoberta sobre países e espírito esportivoHorários de ônibus metropolitanos para esta sexta-feira são definidos; confiraProblemas em aeroportos do Rio e de São Paulo causam atrasos em Confins
O servidor público Marinho Monteiro, torcedor do América, começou sua coleção na Copa de 1990, na Itália, quando a Alemanha se sagrou tricampeã.
Das seleções que continuam na disputa na Rússia, Marinho tem camisas do Brasil e da Inglaterra – além de Argentina e Alemanha, que já voltaram para casa –, sem contar as de clubes ingleses e sul-americanos.
As estratégias também variam de acordo com o fornecedor. “A Adidas, por exemplo, decidiu reeditar modelos da Copa de 1990 e da Copa América de 1993, com viés mercadológico que instiga o interesse, ao trazer a memória afetiva relacionada às conquistas. São os modelos da Alemanha e da Argentina, por exemplo. O dos alemães faz referência ao título de 1990, o primeiro depois da reunificação. O dos hermanos tem relação com a última grande conquista. São modelos da linha original, com perspectiva mais moderna e high-tech”, conta Marinho.
Para ele, as seleções que vestem modelos da Nike usam as mais simples, clássicas e com o mesmo padrão.
Marinho destaca que a camisa de uma seleção representa a cultura de um povo e a linhagem histórica.
“Carrega a origem de forma simples, não beligerante, ao expor a disputa entre nações não só pela hegemonia no esporte, mas pelo intercâmbio cultural, com proposta de paz mundial e respeito entre todos. A camisa não é só um produto, variação de cor ou modelo: é peça que carrega um contexto. O branco e preto presentes no uniforme da Alemanha, por exemplo, têm origem no Reino da Prússia (estado do Império Alemão com início no século 18), mensagem subliminar.”
PAIXÃO Rodrigo Fonseca, advogado, atleticano, começou a colecionar camisas em 2002, após o pentacampeonato do Brasil. “Foi o ano em que me formei, comecei a trabalhar e pude passar a comprar. Mas minha paixão pelos uniformes começou ainda criança, aos 10 anos, acompanhando o Campeonato Italiano e sempre pedindo de presente de aniversário, de Natal, e ganhando dos meus pais, padrinhos e amigos. Considero que tenho duas coleções distintas, uma só do Atlético e outra de clubes e seleções. Até agora, são 400 camisas.”
Rodrigo conta que uma das peculiaridades da sua coleção é privilegiar camisas de seleções menos conhecidas, como Andorra e Liechtenstein.
Entre os modelos de 2018, Rodrigo elege a camisa da Nigéria como a mais atraente, com cores pouco usuais em uniformes. “Até estranhei, já que a Nike se concentra em estilo padronizado, produção em escala e não varia muito. Mas ousou desta vez. Gostei também do resgate de desenhos clássicos, como nos modelos da Bélgica, de 1986, Espanha, de 1994, e Peru, de 1982, ano da sua última participação. Uniformes que seguem uma época. Desta Copa, as camisas que mais quero são dos belgas, nigerianos e espanhóis.”
O advogado diz que sua primeira camisa oficial de seleção foi a da Alemanha de 1990. “Do Brasil, a camisa mais bonita dos últimos anos foi a da Copa das Confederações de 2013, inspirada no modelo de 1990, com gola e punhos verdes”, elege. Aliás, para Rodrigo, camisa de seleção bacana é quando se usam todas as cores da bandeira, no conjunto, “como a França, na década de 1980, Camarões, na de 1990, e o Brasil, com camisa amarela, short azul e meião branco”. “Agora, quando a França usa tudo azul não gosto”, pontua.
DESIGN A designer gaúcha Virgínia Barros, estilista de sapatos e roupas, concorda com a escolha de muitos torcedores e colecionadores, ao apontar o uniforme da Nigéria como o mais fashion, diferente e fora do tradicional.
O estilo de 2018
A camisa do Brasil tem design simples e tradicional no uniforme principal, com maior ousadia no modelo 2, que tem dois tons de azul e grafismos em forma de estrelas. Outra seleção das quartas de final, a Croácia, que sempre chama a atenção pelo quadriculado, na Rússia exibe os quadrados em tamanhos maiores e as costas lisas. Outra novidade foi o uniforme reserva dos croatas, que mistura preto e azul-marinho, diferente do tradicional azul-royal. Entre os que ainda sonham com a taça, os ingleses deram destaque para o segundo modelo, com a cruz de São Jorge no centro.
A Islândia, estreante que já deu adeus ao Mundial e queridinha de muitos, quis destacar as mangas, que ganharam degradê. Eliminados nas oitavas, os suíços fizeram homenagem aos Alpes em forma texturizada. A camisa da Costa Rica, adversário do Brasil na segunda rodada e que não passou da primeira fase, tem linhas finas entrelaçadas, que lembram o DNA. O Panamá, que disputou sua primeira Copa e também saiu cedo, deu destaque ao uniforme reserva. Chamativo, era branco, com chevrons (forma gráfica em V) azul e faixas nas mangas.
.